A PRÁTICA CONTÁBIL NO CONTEXTO DAS COMUNIDADES ARBORÍGENES NO NORTE-AMAZÔNICO: UMA EVIDÊNCIA EMPÍRICA
DOI:
https://doi.org/10.56238/arev7n8-206Palavras-chave:
Povos Indígenas, Contabilidade Primitiva, Lógica ContábilResumo
Quantificar as ações oriundas do cotidiano parece uma condição imprescindível na pré-existência de um controle patrimonial. O fio condutor do estudo em tela é a inquietação quanto a contrastação dessa afirmação no bojo das populações indígenas. Nesse contexto, a pergunta central que guia a investigação é qual a lógica contábil na percepção dos povos indígenas? Para efeito de reflexão tomou-se como objeto de análise dez comunidades indígenas aldeadas em Roraima, norte-amazônico do Brasil. Baseado em trabalho de campo, procedeu-se a observação participativa. No recolhimento do material, sendo entendido este como conjunto das observações e dos objetos materiais, usufruiu-se do diário de campo. A investigação aponta que as variáveis que constituem o cerne da atividade contábil tornam-se particularmente evidentes ao considerar a vida cotidiana dos caçadores-coletores recentes, como as comunidades arborígenes pesquisadas.
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