A ASTRONOMIA: COM OS OLHOS NO TELESCÓPIO E OS PÉS NO CHÃO DA ESCOLA PARA SUPERAR OS MALOGROS DA EDUCAÇÃO
DOI:
https://doi.org/10.56238/arev7n9-260Palavras-chave:
Astronomia Escolar, Ensino de Física, Interdisciplinaridade, OBA, MOBFOG, Aprendizagem Ativa, Engajamento Estudantil, Desempenho AcadêmicoResumo
O relatório apresenta a implementação de um projeto interdisciplinar de Astronomia no ensino médio da ECIT Advogado Nobel Vita (Coremas, PB), concebido para enfrentar déficits de aprendizagem, elevar o desempenho acadêmico e reduzir evasão por meio de aprendizagem ativa, integração teoria–prática e participação em competições científicas. A intervenção articulou estudos de gravitação e Leis de Newton à construção e lançamento de foguetes (MOBFOG), uso de simuladores digitais para otimização de ângulos de lançamento, observações astronômicas com telescópio (incluindo a Superlua em 29/09/2023) e preparação para a Olimpíada Brasileira de Astronomia (OBA). Os resultados educacionais evidenciam ganhos de desempenho e engajamento: médias anuais consolidadas de 7,8 (2A), 7,5 (3A) e 6,8 (3B), com frequência média de 96% e melhoria da participação e permanência; no componente competitivo, a escola obteve quatro medalhas na OBA (uma de ouro, entre as maiores notas do Brasil, e três de bronze) e destaque na MOBFOG com lançamentos alcançando 140,80 m, além de ampla visibilidade em portal oficial do governo estadual que divulgou as conquistas e a mobilização discente. Do ponto de vista pedagógico, a abordagem favoreceu competências da BNCC, fortalecendo raciocínio quantitativo, resolução de problemas, pensamento crítico e trabalho em equipe, ao mesmo tempo em que conectou conhecimentos de Física, Matemática, Ciências e Geografia a contextos reais. Conclui-se que a Astronomia escolar, estruturada como prática investigativa e competitiva, é estratégia viável, inclusiva e eficaz para qualificar aprendizagens, motivar estudantes e consolidar cultura científica no ensino médio público.
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