DINÁMICA TERRITORIAL BRASILEÑA DURANTE LA DICTADURA MILITAR (1964-1985): UN RESUMEN DE LAS CENTRALES HIDROELÉCTRICAS COMO GRANDES EMPRESAS GEOESTRATÉGICAS
DOI:
https://doi.org/10.56238/arev7n9-131Palabras clave:
Geopolítica, Centrales Hidroeléctricas, MilitarResumen
Este artículo analiza la geopolítica brasileña durante el régimen militar (1964-1985), centrándose en los grandes proyectos hidroeléctricos como instrumentos de dominación territorial y consolidación del poder estatal. Desde una perspectiva crítica, el artículo busca comprender cómo la construcción de centrales hidroeléctricas —como Itaipú, Tucuruí, Ilha Solteira, Jupiá, Sobradinho, Itaparica, Samuel y Balbina— representó no solo proyectos de desarrollo energético, sino también mecanismos geoestratégicos orientados a la integración forzada de territorios considerados periféricos, el fortalecimiento de la soberanía nacional y la disciplina social. La investigación destaca que dichos proyectos se guiaron por una lógica tecnocrática y autoritaria, marcada por la centralización de la toma de decisiones, el desplazamiento forzado de poblaciones, la degradación ambiental y la reproducción de desigualdades regionales. Con base en la doctrina de la seguridad nacional y la ideología del desarrollo, la política energética del período consolidó una estructura de poder que moldeó profundamente el territorio brasileño, cuyos efectos y contradicciones aún resuenan en la actualidad. Al articular territorio, energía y poder, el régimen militar utilizó las represas hidroeléctricas como elementos clave de su proyecto de control geopolítico y expansión económica.
Descargas
Referencias
ALMEIDA, Neila de Jesus Ribeiro et al. Impactos socioambientais em unidade de conservação: o caso da população ribeirinha da Reserva de Desenvolvimento Sustentável Alcobaça, Tucuruí/PA. 29ª Reunião Brasileira de Antropologia, 2014, p. 2-4.
ARAÚJO, Frederico Guilherme Bandeira. Modernização e conflito no Brasil contemporâneo. In: Anais do IV Encontro Nacional da ANPUR, Porto Alegre, v. 4, 1991.
BECKER, B. K. A geopolítica da Amazônia. Estudos Avançados, v. 19, n. 53, p. 71–86, 2005. DOI: https://doi.org/10.1590/S0103-40142005000100005
BECKER, Bertha K. Fronteira e política no Brasil. Revista Brasileira de Geografia, v. 47, n. 2, p. 189-210, 1985.
CAMARGO, Liliane Matos. A crise no gerenciamento hídrico e sua consequência no funcionamento de hidrelétricas: um estudo sobre Ilha Solteira. São Paulo: FFLCH/USP, 2024.
CAMPOS, Pedro Henrique Pedreira. Ditadura, interesses empresariais e desenvolvimentismo: a obra da usina hidrelétrica de Tucuruí. Tempo e Argumento, Florianópolis, v. 11, n. 26, p. 255 - 286, jan./abr. 2019. DOI: https://doi.org/10.5965/2175180311262019255
CARDOSO, F. L. A. Estudo conceitual e projeto do raspador do sistema limpa grades da usina hidrelétrica de Jupiá. 2011. Dissertação (Mestrado em Engenharia) – Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, São Paulo, 2011.
CHAVES, Marcelo dos Santos; LIMA, Zuleide Maria Carvalho; ROCHA NETO, João Mendes da. Impactos socioambientais das grandes obras estruturais do Estado do Rio Grande do Norte. In: PALHETA, Márcio; NASCI, Flávio Rodrigues do; (orgs.). Grandes empreendimentos e impactos territoriais no Brasil. Belém: GAPTA/UFPA, 2017. p. 243-277.
DAL BEN, Rafaela Raphaelli Matos; MAZOCCO, Francielle; LIMA, Vitor Sfredo Sokal. Cooperação Energética e Projeção Continental: a Usina de Itaipu à frente da Política Externa de Médici e Geisel. Revista Perspectiva, p. 13-14.
ELETRONORTE. Relatório Técnico da UHE Samuel. Brasília: Eletronorte, 1989.
FEARNSIDE, P. M. (2001). Environmental impacts of Brazil’s Tucuruí Dam: Unlearned lessons for hydroelectric development in Amazonia. Environmental Management, 27(3), 377–396. DOI: https://doi.org/10.1007/s002670010156
FEARNSIDE, Philip M. A hidrelétrica de Samuel: lições para a política de desenvolvimento hidrelétrico e o meio ambiente na Amazônia. In: FEARNSIDE, Philip M. (org.). Hidrelétricas na Amazônia: impactos ambientais e sociais na tomada de decisões sobre grandes obras. Manaus: Editora do INPA, 2015. v. 2, p. 9–33.
GRANCE, S. F. Geotecnia ambiental e bioengenharia nas margens da UHE Jupiá. 2021. Dissertação (Mestrado) – Universidade Estadual Paulista (UNESP), São Paulo, 2021.
HORIZONTE EDUCAÇÃO E COMUNICAÇÃO. Guia de Estudos e Visitação – Usinas Hidrelétricas de Jupiá e Ilha Solteira. São Paulo: CTG Brasil, 2
IBAMA. Estudo de Impacto Ambiental da Usina Hidrelétrica de Samuel. Porto Velho: IBAMA, 1992.
LIMA, Andréa Barros de. A construção da cidade e os processos de segregação socioespacial: o caso de Ilha Solteira (SP). UNESP, 2012.
LIMA, Luiz Henrique Mateus. A construção da usina hidrelétrica e os primeiros sinais de segregação socioespacial em Ilha Solteira/SP. Revista Eletrônica da Associação dos Geógrafos Brasileiros – Seção Três Lagoas/MS, n. 18, ano 10, nov. 2013.
MARCONDES, D. A.; TANAKA, R. H. Movimentação de plantas aquáticas na UHE Eng. Souza Dias. Planta Daninha, Viçosa, v. 23, n. 1, p. 25–31, 2005.
MARTIN, Andrey Minin. Para além de milhões de quilowatts: o Complexo Hidrelétrico Urubupungá e as tramas do setor energético nacional. Tempos Históricos, Marechal Cândido Rondon, v. 19, p. 274-301, 1º sem. 2015. ISSN 1983-1463.
MARTINS, J. S. O poder do atraso: ensaios de sociologia da história lenta. São Paulo: Hucitec, 1993.
MESQUITA, Marcos; MARINHO, Nicolly; CARNEIRO, Camilo Pereira. A geopolítica da energia na fronteira Brasil-Paraguai: o Tratado de Itaipu. Revista (Re)Definições das Fronteiras, v. 1, n. 2, 2023, p. 58-63. DOI: https://doi.org/10.59731/vol1iss3pp58-73
MONIZ BANDEIRA, L. O governo João Goulart: As lutas sociais no Brasil (1961-1964). Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1987.
OLIVEIRA, Adriano Moura de. Um sonho de grandeza no Brasil da ditadura: a ideologia geopolítica de desenvolvimento do general Carlos de Meira Mattos (1964-1974). Ideias – Revista do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da UNICAMP, Campinas, v. 6, n. 2, p. 255-281, jul./dez. 2015. DOI: https://doi.org/10.20396/ideias.v6i2.8649469
OLIVEIRA, J. A. P. (2007). Implementando políticas ambientais no Brasil: estratégias do Ministério do Meio Ambiente. Revista Brasileira de Ciências Sociais, 22(65), 37–52.
PEREIRA, Alessandra Ossuna. Caracterização do uso e ocupação do solo na área de influência do reservatório de Ilha Solteira. UNESP, 2006.
PEREIRA, Ana Karine. Desenvolvimentismo, conflito e conciliação de interesses na política de construção de hidrelétricas na Amazônia brasileira. Texto para Discussão. Brasília; Rio de Janeiro: IPEA, 2013.
PEREIRA, Geraldo Magela. História das usinas hidrelétricas. In: PEREIRA, Geraldo Magela. Projeto de usinas hidrelétricas: passo a passo. São Paulo: Oficina de Textos, 2015. p.117-127. DOI: https://doi.org/10.29327/241867.11.1-7
PORTO-GONÇALVES, C. W. Geo-grafias: movimentos sociais, novas territorialidades e sustentabilidade. Rio de Janeiro: Record, 2001.
RESENDE, Fernando Nogueira. O maior projeto para a Amazônia Oriental: a hidrelétrica Tucuruí no periodismo paraense. Unifesspa, 2019, p. 28-34.
ROCHA, Gilberto de Miranda. A redistribuição espacial da população na área de influência da usina hidrelétrica Tucuruí (PA). XIV Encontro Nacional da ANPUR, 2011, p. 2-3.
RODRIGUES DA SILVA, Agatha; ROTTA, Liliana; COSTA, Luciana Pereira da. Ilha Solteira: Utopia e Realidade. USP, 2019.
SANTANA, Antônio Cordeiro et al. Influência da barragem de Tucuruí no desempenho da pesca artesanal, estado do Pará. RESR, vol. 52, n. 2, 2014, p. 250. DOI: https://doi.org/10.1590/S0103-20032014000200003
SANTOS, Geraldo Mendes dos. Impactos da Hidrelétrica Samuel sobre as comunidades de peixes do rio Jamari (Rondônia, Brasil). Acta Amazonica, Manaus, v. 25, n. 3/4, p. 247-280, 1995. DOI: https://doi.org/10.1590/1809-43921995253280
SANTOS, Luana Rodrigues. A dinâmica socioespacial de Tucuruí a partir da construção da usina hidrelétrica. UnB, 2014, p. 12, 37, 40.
SANTOS, M. A natureza do espaço. São Paulo: Hucitec, 1996.
SEVÁ FILHO, Alfredo. As grandes barragens e o mito do desenvolvimento. In: SEVÁ FILHO, Alfredo (org.). Barragens: promessas e custos sociais. São Paulo: Brasiliense, 2005.
SILVA, Angela Maria Ferreira; OLIVEIRA, Lucas Kerr de; ROSÁRIO, Nayane Camara; JORDAN, Soraya Silva. Geopolítica de Itaipu: da ameaça de guerra entre Brasil e Paraguai (1965-1966) ao processo de integração energética regional. UNILA, 2019, p. 1-6.
SEIFER, Paulo Guilherme. A relação entre usinas hidrelétricas e territórios para além da geração de energia: os casos das Usinas Hidrelétricas de Sobradinho – BA e de Machadinho – RS. 2017. Tese (Doutorado em Energia) – Universidade Federal do ABC, Programa de Pós-Graduação em Energia, Santo André, 2017.
SKIDMORE, T. E. Brasil: De Getúlio a Castelo. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1988
STEFFEN, Nayra Caroline; DIAS, Edson dos Santos. Processo de Implantação da Usina Hidrelétrica de Itaipu Binacional e suas Consequências Socioambientais no Espaço de Fronteira Brasil-Paraguai. Revista Verde Grande, v. 6, n. 1, 2024, p. 483-487. DOI: https://doi.org/10.46551/rvg26752395220241482511
VELOSO, F.; VILLELA, A.; GIAMBIAGI, F. O período 1968–1973: o milagre econômico brasileiro. Texto para Discussão, IPEA, 2008.
ZHOURI, Andréa. Global–Local Amazon Politics: Conflicting Paradigms in the Struggle over the Brazilian Amazon. Environment and Planning D: Society and Space, v. 17, n. 1, p. 69–90, 1999.
ZHOURI, Andréa; LASCHEFSKI, Klemens. Desenvolvimento, conflitos ambientais e cidadania: a construção de políticas democráticas de gestão ambiental. Sociedade & Estado, v. 25, n. 1, p. 37-63, 2010. DOI: https://doi.org/10.7476/9788542303063
ZHOURI, Andréa; LASCHEFSKI, Klemens. Políticas ambientais e a governança da natureza: tensões e ambivalências na construção de novas formas de regulação. In: ZHOURI, Andréa (org.). Justiça ambiental, conflitos e cidadania. Belo Horizonte: UFMG, 2010.
