PSICANÁLISE E SUBJETIVIDADE NA ERA ALGORÍTMICA: ENTRE A OBSOLESCÊNCIA, A ESCUTA E A REINVENÇÃO DOS LAÇOS SOCIAIS

Autores

  • Anderson Carlos Santos de Abreu Autor

DOI:

https://doi.org/10.56238/arev7n9-056

Palavras-chave:

Psicanálise, Inteligência Artificial, Subjetividade, Técnica, Laço Social, Sintoma, Escuta

Resumo

Este artigo examina os efeitos da inteligência artificial na constituição da subjetividade, nos modos de vínculo social e no valor simbólico do humano na contemporaneidade. Com base na psicanálise, na filosofia da tecnologia e na crítica sociopolítica, analisa a delegação de funções psíquicas à máquina – como a memória, a tomada de decisão e o desejo – e seu impacto nos domínios do trabalho, da linguagem e da escuta. Ao abordar a clínica do vazio produzido pela lógica algorítmica, o texto atravessa impasses subjetivos contemporâneos e propõe a reinvenção do vínculo como gesto ético, político e simbólico. Nesse caminho, o sintoma é considerado um traço de resistência, e a forma ensaística emerge como forma de sustentar o tempo da elaboração em um mundo regido pela otimização. Entre a obsolescência subjetiva e a criação de novas possibilidades de existência, o texto propõe a escuta como operador crítico do presente.

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Publicado

2025-09-04

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

DE ABREU, Anderson Carlos Santos. PSICANÁLISE E SUBJETIVIDADE NA ERA ALGORÍTMICA: ENTRE A OBSOLESCÊNCIA, A ESCUTA E A REINVENÇÃO DOS LAÇOS SOCIAIS. ARACÊ , [S. l.], v. 7, n. 9, p. e7828 , 2025. DOI: 10.56238/arev7n9-056. Disponível em: https://periodicos.newsciencepubl.com/arace/article/view/7828. Acesso em: 5 dez. 2025.