ENTRE O FIM E O INFINITO – FORMAÇÃO E PRÁTICA TANATOLÓGICA NO CUIDADO À MORTE E AO MORRER EM PACIENTES GRAVEMENTE ENFERMOS
DOI:
https://doi.org/10.56238/arev7n5-352Palabras clave:
Tanatologia, Cuidados Paliativos, Humanização, Formação ProfissionalResumen
Entre o fim e o infinito, ou seja, entre a finitude da vida e a vastidão subjetiva que envolve o morrer, inscreve-se o campo delicado da formação e prática tanatológica no cuidado a pacientes gravemente enfermos. Assim, este artigo investiga como a formação e a prática tanatológica se constitui como dimensões essenciais para proporcionar um cuidado humanizado e ético, que acolha a dor, a esperança e a transcendência presentes no processo de morrer. Dessa forma, o objeto deste estudo é a formação e a prática tanatológica no contexto do cuidado a pessoas em situação de terminalidade. O objetivo consiste em analisar, de forma compreensiva, como essas práticas se estruturam, bem como verificar se contribuem para assegurar dignidade e qualidade de vida aos pacientes em seus últimos momentos. Em consequência disso, a pergunta de partida que orienta esta reflexão é: de que modo à formação e a prática tanatológica influenciam o cuidado à morte e ao morrer em pacientes gravemente enfermos, promovendo uma presença ética, sensível e transformadora? Teoricamente, utilizamos os trabalhos de Aries (1972), Byock (1998; 2012), Figueiredo (1994), Grof e Halifax (1978), Halifax (2009), Kovács (1992; 2008), Kastenbaum (1988; 2000; 2018), Kastenbaum e Moreman (2018), Kellehear (2005; 2007; 2007; 2016), Kellehear, Wegleitner e Heimerl (2016), Kübler-Ross (1969; 1974; 1996; 1997; 1998; 2000; 2003; 2013; 2014), Saunders (2011; 2011), Wood (2024), Worth (2004), entre outros. A pesquisa é de cunho qualitativa conforme Minayo (2007), bibliográfica e descritiva a partir de Gil (2008) e com o viés analítico compreensivo na perspectiva de Weber (1949). Os achados indicaram que a formação tanatológica qualifica a prática profissional ao promover competências comunicacionais, éticas e relacionais no cuidado ao paciente terminal. Além disso, a prática tanatológica humaniza a assistência ao morrer, valorizando a dignidade, a autonomia e o alívio do sofrimento. A incorporação da tanatologia nas políticas públicas e currículos da saúde são fundamentais para transformar a cultura institucional, rompendo com o paradigma tecnicista e hospitalocêntrico. Por fim, identificou-se que a escuta ativa, a presença compassiva e a valorização das diretivas antecipadas são elementos centrais que consolidam uma prática sensível e transformadora no cuidado à terminalidade.
