LETRAMENTO RACIAL E EDUCAÇÃO: FORMAÇÃO DE EDUCADORES PARA PRÁTICAS PEDAGÓGICAS ANTIRRACISTAS COM ENFOQUE NA PRODUÇÃO INTELECTUAL DE AUTORES “LADINO-AMEFRICANOS”
DOI:
https://doi.org/10.56238/arev7n1-127Palabras clave:
Letramento Racial, Educação Antirracista, Formação de Educadores, Produção Ladino-AmefricanaResumen
Este artigo analisa o letramento racial na educação brasileira, enfatizando a formação de educadores para práticas pedagógicas antirracistas com base na produção intelectual de autores “ladino-amefricanos”. Contextualiza-se inicialmente a educação no Brasil como um espaço historicamente marcado por desigualdades, onde o acesso ao conhecimento e às práticas educativas foi limitado a determinados grupos sociais, reforçando estruturas de poder e exclusão. A pesquisa é de cunho qualitativo (Minayo, 2016), descritivo e bibliográfico (Gil, 1999) e com o viés compreensivo (Weber, 2009). Partimos da seguinte questão: como a formação docente pode ser orientada pela perspectiva do letramento racial, utilizando a produção teórica de autores ladino-amefricanos, para construir práticas pedagógicas antirracistas? Para responder a essa questão, utilizou-se como referencial teórico as obras de Lélia Gonzalez denominada de “Por um feminismo afro-latino-americano”, Abdias do Nascimento com “O genocídio do negro brasileiro” e Sueli Carneiro através “A construção do outro como não-ser como fundamento do ser”, entre outros. Esses autores oferecem uma base crítica para repensar a educação enquanto espaço de resistência, emancipação e reconhecimento da pluralidade cultural. Os achados da pesquisa destacam a importância de integrar a produção intelectual ladino-amefricana na formação docente, promovendo um letramento racial crítico que valorize os saberes e vivências dos educandos. Além disso, apontam para a necessidade de metodologias que unam teoria e prática, possibilitando aos educadores transformar suas salas de aula em ambientes de diálogo e empoderamento. Por fim, o estudo reforça que a implementação de práticas pedagógicas antirracistas requer um compromisso institucional que transcenda iniciativas individuais, tornando-se uma política educativa efetiva e contínua.