INTERNAÇÕES HOSPITALARES POR CONDIÇÕES SENSÍVEIS À ATENÇÃO PRIMÁRIA EM SERGIPE - BRASIL: UM ESTUDO ECOLÓGICO
DOI:
https://doi.org/10.56238/arev6n3-349Palabras clave:
Atenção Primária à Saúde, Hospitalização, Indicadores de Saúde, Políticas de Saúde, Estudo EcológicoResumen
A taxa de Internação por Condições Sensíveis à Atenção Primária é um indicador de efetividade desse nível de atenção do sistema de saúde. O objetivo deste estudo é descrever o comportamento das Internações por Condições Sensíveis à Atenção Primária de Saúde em Sergipe, no período de 2008 a 2017. Trata-se de um estudo ecológico, de tendência temporal. Os dados foram extraídos das Autorizações de Internação Hospitalar do Sistema de Informações Hospitalares do Sistema Único de Saúde. Analisam-se taxas padronizadas por método indireto e proporções de internações. Dois modelos explicativos foram testados para a análise de tendência e regressão binomial negativa em face da grande sobredispersão observada. Ocorreram 608.083 internações não-obstétricas, 125.497 casos de Internações por Condições Sensíveis à Atenção Primária (20,6%), taxa bruta global de 5,6 admissões por mil habitantes (5,7 no sexo masculino e 5,8 no feminino). A tendência descreveu uma curva em U, decrescente no período de 2008 a 2011, com pouca oscilação de 2011 a 2014, ascendente de 2014 a 2017. A taxa foi consideravelmente maior nos homens a partir dos 70 anos de idade. Em todo o período as causas mais frequentes foram: gastrenterites (15,6%) infecção do rim e trato urinário (9,4%), asma (9,2%), insuficiência cardíaca (8,8%), cerebrovasculares (8,1%), diabetes mellitus (7,2%). A melhora que vinha se observando na efetividade da atenção primária é descontinuada e as internações voltam a se elevar, chegando ao fim do período com valores próximos ao do início. Políticas públicas que fortaleceram a Atenção Primária podem ter contribuído para o melhor desempenho do indicador.