A EVOLUÇÃO DA LEI DE PROPRIEDADE INDUSTRIAL NO BRASIL

Autores

  • Maria Ribeiro de Mello Rebello Autor
  • Vanessa Nunes de Barros Mendes Sampaio Autor
  • Daniel Carvalho Sampaio Autor
  • Luiz Carlos Carvalho de Oliveira Autor
  • Jane Karla de Oliveira Santos Autor

DOI:

https://doi.org/10.56238/arev7n10-287

Palavras-chave:

Propriedade Industrial, Patentes, Marcas, Licença Compulsória, Inovação

Resumo

Este trabalho examina a evolução da Lei de Propriedade Industrial (Lei nº 9.279/1996) no Brasil e seus impactos sobre a proteção de ativos intangíveis, a segurança jurídica e o interesse público. Adota-se abordagem qualitativa, com análise documental de legislação e atos infralegais (Leis nº 10.196/2001, nº 14.195/2021 e nº 14.200/2021; Portarias INPI 26/27/2023), além de pesquisa jurisprudencial (STF/ADI 5529; STJ/REsp 1.543.826/RJ) e revisão doutrinária. O estudo reconstrói a trajetória normativa desde a LPI/1996, passando pela anuência prévia da Anvisa para patentes farmacêuticas, pela declaração de inconstitucionalidade do parágrafo único do art. 40 e pela ampliação das hipóteses de licença compulsória em emergências. Os resultados indicam que as mudanças recentes reduziram incertezas sobre prazos de vigência, reforçaram mecanismos de acesso a tecnologias essenciais e modernizaram o ambiente de transferência de tecnologia, aproximando o sistema brasileiro de padrões de previsibilidade e função social. Conclui-se que a LPI está em transformação contínua, pressionada por desafios tecnológicos e por demandas de saúde pública, exigindo aperfeiçoamentos legislativos e administrativos permanentes para equilibrar incentivos à inovação e interesse coletivo (Barbosa, 2010; Basso, 2018; Brasil, 1996; OMPI, 2022).

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Referências

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Publicado

2025-10-30

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

REBELLO, Maria Ribeiro de Mello; SAMPAIO, Vanessa Nunes de Barros Mendes; SAMPAIO, Daniel Carvalho; DE OLIVEIRA, Luiz Carlos Carvalho; SANTOS, Jane Karla de Oliveira. A EVOLUÇÃO DA LEI DE PROPRIEDADE INDUSTRIAL NO BRASIL. ARACÊ , [S. l.], v. 7, n. 10, p. e9414, 2025. DOI: 10.56238/arev7n10-287. Disponível em: https://periodicos.newsciencepubl.com/arace/article/view/9414. Acesso em: 5 dez. 2025.