PRECONCEITO E DISCRIMINAÇÃO COM AS MULHERES NO MERCADO MUSICAL

Autores

  • Ramon Schnayder de França Filgueiras D'Amorim Autor
  • Ricardo Moreira da Silva Autor
  • Josilene Aires Moreira Autor

DOI:

https://doi.org/10.56238/arev7n8-137

Palavras-chave:

Mulheres na Música, Mercado Musical, Discriminação e Preconceito

Resumo

O estudo partiu da necessidade de ouvir as vozes das mulheres e como elas registram, como desfrutam da almejada autonomia, liberdade e igualdade, se submetendo, na maioria das vezes, ao poder masculino. Considera-se que analisar a cena musical paraibana como um espaço historicamente marcado pela predominância masculina, na qual é visível que homens e mulheres não possuem iguais oportunidades de participação. Este estudo teve como objetivo analisar a participação das mulheres artistas no mercado musical da Paraíba, revelando um cenário ainda marcado por desigualdades de gênero. O escopo teórico esteve fundamentado nos estudos que refletem sobre a música, como manifestação cultural das mais próximas do cotidiano e como pode ser diretamente afetada por determinações que afirmam ou contestam modelos e costumes vigentes em um dado momento histórico, corroborando para a compreensão do fator gênero e orientação sexual e como podem ser expressos na produção musical de homens e mulheres. A metodologia utilizada foi pautada na análise de conteúdo de respostas abertas em entrevista estruturada, com apoio da utilização da Escala de Likert. Os resultados demostraram que a discriminação e o preconceito, o acesso ao financiamento e o apoio para o registro de obras, têm alimentado a luta por direitos e por reconhecimento e vêm ganhando espaço no Brasil e na Paraíba, diminuindo desvantagens das mulheres tanto na cena social, quanto na cena musical. A pesquisa apontou que as mulheres ainda têm que lidar com obstáculos internos e externos às suas carreiras, conciliando responsabilidades familiares com a busca de saídas criativas diversas, para enriquecer suas jornadas artísticas.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Referências

ADÃO, Luciana. A rede é pra deitar. O Globo, 4 abr. 2020. Disponível em: https://oglobo.globo.com/opiniao/artigo-rede-pra-deitar-24345021. Acesso em: 16 fev. 2023.

ARTE SÔNICA AMPLIFICADA - ASA. Programa ASA. Disponível em: https://oifuturo.org.br/editais/programa-asa. Acesso em: 15 fev. 2025.

BJÖRCK, Cecilia; BERGMAN, Åsa. Making women in jazz visible: negotiating discourses of unity and diversity in Sweden and the US. IASPM@Journal: Journal of the International Association for the Study of Popular Music, v. 8, n. 1, p. 42–58, 2018. DOI: https://doi.org/10.5429/2079-3871(2018)v8i1.5en.

BOSMA, Hannah. Musical Washing Machines, Composer-Performers, and Other Blurring Boundaries: How Women Make a Difference in Electroacoustic Music. Intersections, Canadian Journal of Music / Intersections: Revue canadienne de musique, 2012. DOI: 10.7202/1013229ar.

FITZGERALD, Jon; REIS, Arianne. Sounding Northeast Brazil: musical genre manifestations on the Island of Fernando de Noronha. Popular Music and Society, 2017. DOI: 10.1080/03007766.2016.1201370.

FUNJOPE. Fundação Cultural de João Pessoa. Disponível em: https://www.joaopessoa.pb.gov.br/secretaria/funjope/. Acesso em: 05 mar. 2025.

Gould, E. Women Working in Music Education: The War Machine. Philosophy of Music Education Review, 2009, 17(2), 126–143.

GOMES, Rodrigo Cantos Savelli; MELLO, Maria Ignez Cruz. Relações de gênero e a música popular brasileira: um estudo sobre as bandas femininas. Projeto de Pesquisa CEART/UDESC. DAPesquisa, Florianópolis, v.2, n.4, p. 500 - 510, 2007.

HOWE, Sondra Wieland. Crítica de mídia: Mujeres de la Música / Frega Ana Lucía. Mulheres de la Música. 2. ed. Buenos Aires: Editorial Sb, 2011. 143 p. Revista de Pesquisa Histórica em Educação Musical, 2012. DOI: https://doi.org/10.1177/153660061203300208.

HOWE, Sondra Wieland. Mulheres educadoras musicais nos Estados Unidos: uma história. 2015. DOI: https://doi.org/10.5561/GEMS.V8I4.5635.

IBGE – INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Estatísticas de gênero: indicadores sociais das mulheres no Brasil. Informativo. Estudos e Pesquisas: Informação Demográfica e Socioeconômica, n. 38, 2024. Disponível em: https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv102066_informativo.pdf. Acesso em: 15 jan. 2024.

INGLETON, H. Composing Paradoxes: Feminist Process in Sound Arts and Experimental Musics. 2014. Tese (Doutorado em Comunicação) — City, University of London, 2014.

INSTITUTO PATRÍCIA GALVÃO – DADOS & FONTES. Mulheres na indústria da música no Brasil: obstáculos, oportunidades e perspectivas. DATA SIM, 2019. Disponível em: https://dossies.agenciapatriciagalvao.org.br/dados-e-fontes/pesquisa/mulheres-na-industria-da-musica-no-brasil-obstaculos-oportunidades-e-perspectivas-data-sim-2019/. Acesso em: ___.

MUNIZ, Alexandre; VIEIRA, Luciana. Music Education and Teaching Reform in Colleges and Universities Based on Teacher-student Interaction. International Journal of New Developments in Education, 2015. DOI: 10.25236/ijnde.2023.050213.

NOIZE. 6 Produtoras Brasileiras para conhecer. 2024. Disponível em: https://noize.com.br/web-stories/6-produtoras-brasileiras-para-conhecer/. Acesso em: 15 jan. 2024.

PLAYPBM. Vai ter mulher nos principais palcos de música eletrônica, sim! Disponível em: https://playbpm.com.br/noticias/coletivo-somos-mulheres-musica-eletronica/. Acesso em: 15 jan. 2024.

RICHARDSON, R. J. Pesquisa Social: Métodos e Técnicas. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2011.

ROSÁRIO, Ana Claudia Trevisan; DACUNDA, Daniela Zago Gonçalves. Sub-representação feminina na música: reflexões, desafios, perspectivas de empoderamento e tutela de igualdade de gênero, sob análise legislativa, das políticas públicas e de ações nesse contexto. Per Musi, n. 42, p. 1-20, 2022.

SANTOS, Thaís Montenegro dos. Guia da produtora fonográfica independente no Brasil. Dissertação (Mestrado) — Universidade Federal da Integração Latino-Americana, Foz do Iguaçu, 1 jul. 2025. Disponível em: https://dspace.unila.edu.br/handle/123456789/9133. Acesso em: 15 jan. 2024.

UBC- Revista. Representatividade na música por mulheres ainda é um problema atual. 2021. Disponível em: https://www.ubc.org.br/publicacoes/noticia/18483/representatividade-feminina-na-musica-ainda-e-um-problema-atual. Acesso em: 15 jan. 2024.

VILJOEN, André. Continuos Productive Urban Landscaps. Oxford: Elsevier, 2013.

WALL-ANDREWS, C.; LUKA, M. E. Promovendo a equidade no empreendedorismo artístico: um estudo de caso sobre equidade de gênero e empoderamento na produção musical. Artivate, v. 11, n. 1, p. 1-22, 2022. Disponível em: https://muse.jhu.edu/article/862232. Acesso em: 15 jan. 2025.

Downloads

Publicado

2025-08-21

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

D'AMORIM, Ramon Schnayder de França Filgueiras; DA SILVA, Ricardo Moreira; MOREIRA, Josilene Aires. PRECONCEITO E DISCRIMINAÇÃO COM AS MULHERES NO MERCADO MUSICAL. ARACÊ , [S. l.], v. 7, n. 8, p. e7457, 2025. DOI: 10.56238/arev7n8-137. Disponível em: https://periodicos.newsciencepubl.com/arace/article/view/7457. Acesso em: 5 dez. 2025.