MANEJO FLORESTAL E MEIO AMBIENTE: ASPECTOS AMBIENTAIS, JURÍDICOS E IMPACTOS FINANCEIROS NA CONSTRUÇÃO DA USINA DE SANTO ANTÔNIO – LARANJAL DO JARI – AMAPÁ
DOI:
https://doi.org/10.56238/levv11n29-003Palavras-chave:
Manejo Florestal, Usina Hidrelétrica, Meio Ambiente, Licenciamento Ambiental, Impactos FinanceirosResumo
Este estudo tem como objetivo analisar os aspectos ambientais, jurídicos e financeiros relacionados ao manejo florestal na construção da Usina Hidrelétrica (UHE) de Santo Antônio, em Laranjal do Jari – Amapá. Trata-se de uma revisão narrativa construída a partir da análise de documentos oficiais (protocolos de entendimento com comunidades, estudos de impacto ambiental e cartas de anuência de órgãos públicos) e literatura científica publicada até 2019. A metodologia consistiu em levantamento documental e revisão bibliográfica, seguidos de análise temática em três eixos: (I) impactos ambientais; (II) instrumentos jurídicos; (III) repercussões financeiras. Os resultados revelam que o empreendimento, embora essencial para a segurança energética regional, implicou supressão de vegetação nativa, alteração da qualidade hídrica, riscos à biodiversidade da Floresta Estadual do Paru e deslocamentos populacionais. Do ponto de vista jurídico, destacam-se os protocolos comunitários, o licenciamento ambiental do IBAMA e a anuência de órgãos representativos como FUNAI e Fundação Cultural Palmares. No âmbito financeiro, sobressaem os custos com indenizações, reassentamento e programas de compensação, contrapostos ao retorno econômico esperado pela geração de energia e fortalecimento da matriz energética nacional. Conclui-se que o caso da UHE Santo Antônio expressa os dilemas entre desenvolvimento e sustentabilidade, evidenciando a necessidade de fortalecer políticas de governança participativa, manejo florestal sustentável e justiça socioambiental na Amazônia.
Downloads
Referências
BRASIL. Lei nº 6.938, de 31 de agosto de 1981. Dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente. Diário Oficial da União, Brasília, 1981.
CARVALHO, G. H. F. de. Toxicological effects of ethanolic extract of seed and bark of Persea americana (Lauraceae), on larvae and pupae of Aedes albopictus. Vita et Sanitas, v. 4, n. 1, p. 21-33, 2010.
CARVALHO, G. H. F. de; ANDRADE, M. A. de; ARAÚJO, C. N. de; SANTOS, M. L.; et al. Larvicidal and pupicidal activities of eco-friendly phenolic lipid products from Anacardium occidentale nutshell against arbovirus vectors. Environmental Science and Pollution Research, v. 26, n. 6, p. 5514-5523, 2019. DOI: https://doi.org/10.1007/s11356-018-3905-y
CARVALHO, G. H. F. de; SILVA, H. H. G. da; CUNHA, L. C.; SILVA, I. G. da. Atividade inseticida do extrato bruto etanólico de Persea americana sobre larvas e pupas de Aedes aegypti. Revista de Patologia Tropical, v. 40, n. 4, p. 348–361, 2012. DOI: 10.5216/rpt.v40i4.16760. DOI: https://doi.org/10.5216/rpt.v40i4.16760
CARVALHO, G. H. F.; SANTOS, M. L. dos; MONNERAT, R.; et al. Ovicidal and deleterious effects of cashew nut shell oil on Musca domestica, Chrysomya megacephala, Anticarsia gemmatalis and others. Chemistry & Biodiversity, v. 16, n. 5, e1800468, 2018.
CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE (CONAMA). Resolução nº 001, de 23 de janeiro de 1986. Dispõe sobre critérios básicos e diretrizes gerais para o EIA/RIMA. Diário Oficial da União, Brasília, 1986.
CONSÓRCIO AMAPÁ ENERGIA. Carta de anuência à Secretaria de Meio Ambiente do Pará. São Paulo, 2009.
INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVÁVEIS (IBAMA). Estudo de Impacto Ambiental da UHE Santo Antônio do Jari. Brasília, 2008.
IVANESCIUC, B.; LIMA, S. A. de O.; CARVALHO, G. H. F. de. Tax Benefits and Global Competitiveness: The Role of Legal and Financial Strategy in the Pulp Sector. Revista JRG de Estudos Acadêmicos, v. 3, n. 6, p. 307–313, 2020. DOI: 10.55892/jrg.v3i6.2437. DOI: https://doi.org/10.55892/jrg.v3i6.2437
JARÍ ENERGÉTICA S.A. Protocolo de entendimentos com comunidades locais para implantação da UHE Santo Antônio. Laranjal do Jari, 1995.
SILVA, R. Impactos socioambientais de grandes hidrelétricas na Amazônia. Revista Desenvolvimento e Meio Ambiente, v. 35, p. 119-136, 2015.
SOUZA, C. A.; SANTOS, L. C. Hidrelétricas e comunidades tradicionais: análise crítica dos processos de licenciamento na Amazônia. Revista de Estudos Amazônicos, v. 9, n. 2, p. 55-72, 2017.