USO RACIONAL DE ANTIBIÓTICOS EM PEDIATRIA E O IMPACTO DA RESISTÊNCIA ANTIMICROBIANA: REVISÃO INTEGRATIVA BASEADA EM EVIDÊNCIAS RECENTES
DOI:
https://doi.org/10.56238/levv16n54-016Palavras-chave:
Pediatria, Antibióticos, Uso Racional, Resistência Antimicrobiana, Antimicrobial StewardshipResumo
O uso racional de antibióticos em pediatria é um desafio crescente, especialmente diante do aumento da resistência antimicrobiana e da alta prevalência de prescrições inadequadas em diferentes contextos clínicos. Esta revisão integrativa teve como objetivo sintetizar evidências publicadas entre 2020 e 2025 sobre intervenções de Antimicrobial Stewardship (ASP) em crianças, analisando seus impactos na prescrição de antimicrobianos e na resistência bacteriana. A busca foi realizada em bases de dados como PubMed, SciELO, LILACS e BVS, incluindo revisões sistemáticas, estudos observacionais e relatórios de vigilância, totalizando dez trabalhos selecionados. Os achados indicam que programas estruturados de ASP, que combinam protocolos clínicos, auditoria diária, feedback educacional e capacitação contínua, promovem a racionalização do uso de antibióticos, redução de prescrições empíricas inadequadas e diminuição de custos hospitalares. Estudos em contextos de baixa e média renda demonstraram que intervenções simples podem gerar resultados clínicos relevantes, embora desafios estruturais e lacunas na vigilância microbiológica ainda limitem o impacto pleno dessas estratégias. A resistência antimicrobiana permanece elevada, especialmente em patógenos como Escherichia coli, Klebsiella spp. e Streptococcus pneumoniae, reforçando a necessidade de políticas públicas integradas, educação profissional contínua e medidas preventivas, como vacinação e higiene. Observa-se também a carência de estudos multicêntricos e longitudinais, bem como de dados sobre farmacocinética em diferentes faixas etárias, evidenciando lacunas para pesquisas futuras. Conclui-se que a adoção de ASP em pediatria é essencial para otimizar a prescrição de antibióticos, melhorar a segurança clínica e contribuir para a preservação da eficácia antimicrobiana em longo prazo.
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