A AMAZÔNIA, O CINEMA E A GRANDE MÃE: O ENSINO ENTRE ARQUÉTIPOS E SÍMBOLOS
DOI:
https://doi.org/10.56238/levv15n41-064Palavras-chave:
Amazônia, Arquétipo, Cinema, EnsinoResumo
Este artigo buscou levar ao professor possíveis estratégias de ação para enfrentar alguns pontos controversos da história e das produções narrativas sobre a hileia na América do Sul por meio da sétima arte, se apresentando como um desafio de leitura mais aprofundada de cinco filmes sobre a região amazônica em sala de aula. A partir do princípio do desconhecimento das forças arquetípicas e simbólicas, que movem o homem dentro da floresta, as películas estudadas – A selva nua (1954), Fitzcarraldo (1982), Anaconda (1997), Z – A cidade perdida (2016) e Na selva (2017) – à luz da compreensão de Neumann (2021) sobre a Grande Mãe, em diálogo com a fenomenologia da imaginação de Bachelard (1988 e 2003) e a hermenêutica simbólica de Durand (1992 e 2004), promovem uma aproximação de pontos fundamentais que relacionam o homem e a natureza selvagem em uma relação ambígua, e ao mesmo tempo extrema, por meio da violência e privações, vivenciando a possibilidade do nada como um fenômeno de risco e reconhecimento para se reencontrar o sentido no convívio com o todo, forçando-nos a respeitar os limites que o próprio processo civilizacional propõe diante do desconhecido.