TRAIDA NUNCA MAIS: PANORAMA DE MULHERES TERAPEUTIZADAS COM ABORDAGEM SISTÊMICA
DOI:
https://doi.org/10.56238/levv16n53-028Palavras-chave:
Relações Afetivas, Traição, Mulheres, TerapêuticaResumo
O artigo traz um levantamento de opiniões de mulheres terapeutizadas acerca da concepção que possuem, após serem traídas. O objetivo foi analisar a percepção destas mulheres acerca da efetividade da terapêutica aplicada e dos sentimentos referentes à infidelidade conjugal. Para tanto, foi realizada uma pesquisa de campo, exploratória e descritiva, realizada com 34 mulheres heterossexuais, por meio de questionário semiestruturado via Google Forms, com análise quantitativa e qualitativa dos dados. Como resultado da pesquisa, constatou-se que as 34 participantes, em diferentes períodos de acompanhamento terapêutico, apresentaram mudanças em suas vidas conjugais e pessoais. A maioria (97,1%) relatou não se sentir capaz de lidar com a traição antes do tratamento, mas afirmou que a intervenção foi decisiva para melhorar a comunicação, a clareza nas decisões, a confiança e o respeito no relacionamento, além de ajudar a enfrentar as lembranças da traição. Todas relataram impactos positivos em sua vida pessoal, como reorganização emocional, melhora na autoestima e maior consciência sobre seus papéis na relação, com destaque para a autorresponsabilidade e a imposição de limites saudáveis. O tratamento foi unânime em promover aprendizados, como o equilíbrio entre dar e receber e o resgate da identidade feminina. A maioria não vivenciou novas traições e todas recomendariam a terapia para outras mulheres, reconhecendo que o processo ajudou a construir uma base emocional mais sólida e consciente.
Downloads
Referências
FISCHER, H. Por que amamos. Rio de Janeiro: Record, 2006.
GROSSI, M. P. Rimando amor e dor: reflexões sobre a violência no vínculo afetivo-conjugal. In: PEDRO, J. M.; GROSSI, M. P. Masculino, feminino, plural. Florianópolis: Ed. Mulheres, 1998.
MELO NETO, M. M. et al. A representação da infidelidade na literatura canônica e na canção popular brasileira. Brazilian Journal of Development, Curitiba, v. 7, n. 8, p. 76868-76895, ago. 2021. DOI: https://doi.org/10.34117/bjdv7n8-080
PITTMAN, F. A infidelidade e a traição da intimidade. Porto Alegre: Artes Médicas, 1994.
SILVA, E. C. B. Canto de mulher: um estudo de representações no imaginário de mulheres populares. 2004. Dissertação (Mestrado em Ciências Sociais) – PPGCS, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2004. Disponível em: http://www.cchla.ufrn.br/cienciassociais/monografias/2004.2/monografia%20de%20araceli%202004.2.pdf. Acesso em: 10 mar. 2025.
TOKUMARU, R. S. et al. O efeito da infidelidade sobre a atratividade facial de homens e mulheres. Estudos de Psicologia, Natal, v. 15, n. 1, p. 103-110, 2010. Disponível em: http://dx.doi.org/10.1590/S1413-294X2010000100014. Acesso em: 10 mar. 2025. DOI: https://doi.org/10.1590/S1413-294X2010000100014
TREAS, J.; GIESEN, D. Infidelidade sexual entre americanos casados e coabitantes. Journal of Marriage and the Family, v. 62, p. 48-60, 2000. DOI: https://doi.org/10.1111/j.1741-3737.2000.00048.x