Tradução intersemiótica: Mimese, original ou polifônica?
DOI:
https://doi.org/10.56238/levv15n40-067Palavras-chave:
Tradução Intersemiótica, Mimese, Originalidade, PolifoniaResumo
Este estudo investiga a tradução intersemiótica no contexto da mimese, originalidade e polifonia, propondo uma leitura aprofundada sobre a transposição de significados entre diferentes sistemas de signos. Com base nas teorias de Roman Jakobson (2001), Patrice Pavis (2015), argumenta-se que a tradução intersemiótica vai além da simples conversão de um meio para outro, atuando como um motor de inovação criativa e expressão artística diversificada. Por meio da análise semiótica, fundamentada nos trabalhos de Charles Sanders Peirce (2000) e Else Lopes Vieira (1992), e da intertextualidade discutida por Julia Kristeva (2005), examinamos o papel do interpretante na geração de novas dimensões de significado dentro de contextos intertextuais. Este trabalho também revisita o conceito de mimese à luz de Aristóteles (2004) e da crítica contemporânea de Flávio René Kothe (2019), destacando a reinterpretação e transformação criativa como elementos centrais da produção artística. Ademais, a polifonia, baseada nas ideias de Mikhail Bakhtin (2002), é analisada como um princípio essencial que enriquece a tradução intersemiótica com múltiplas camadas de interpretação, refletindo a natureza dialógica da arte. Concluímos que a interação entre mimese, originalidade e polifonia não apenas desafia as fronteiras tradicionais entre as artes, mas também reafirma a importância do diálogo intercultural e intertextual na criação e recepção artísticas contemporâneas. Finalmente, sustentamos que a tradução intersemiótica não é apenas um processo de transposição de conteúdo entre mídias; trata-se de uma manifestação da natureza fluida e multifacetada da criatividade humana, um lembrete de que, no tecido da expressão artística, as fronteiras são apenas pontos de partida para novas descobertas.