Hipertensão refratária em paciente jovem: Um relato de caso
DOI:
https://doi.org/10.56238/levv15n40-063Palavras-chave:
Feocromocitoma, Hipertensão secundária, DiagnósticoResumo
Introdução: O feocromocitoma, um tumor raro originário do tecido cromafim da medula suprarrenal, tem prevalência de cerca de 0,1-0,6% em pacientes com hipertensão. Geralmente benigno, sua remoção cirúrgica pode ser curativa. Contudo, atrasos no diagnóstico e tratamentos inadequados podem levar a altas taxas de mortalidade e morbidade. Relato de Caso: Homem de 23 anos, com histórico de hipertensão arterial resistente desde dezembro de 2022, apresentou sintomas de cefaleia, palpitação, sudorese e ansiedade. Testes revelaram níveis elevados de metanefrinas e catecolaminas, levando à suspeita de feocromocitoma. Uma ressonância magnética de abdômen identificou uma lesão expansiva na adrenal direita. O tratamento incluiu manejo clínico com alfa e beta bloqueadores, seguido de adrenalectomia bem-sucedida, resultando em melhora dos sintomas e da hipertensão. Discussão: O caso ilustra a complexidade inerente ao diagnóstico de feocromocitoma, uma condição que frequentemente se manifesta de maneira sub-reptícia em pacientes hipertensos. A resistência à terapia anti-hipertensiva convencional, combinada com sintomas como cefaleia, palpitações e sudorese, deve levantar suspeitas de hipertensão secundária e, por consequência, de feocromocitoma. Este caso sublinha a importância de uma avaliação diagnóstica meticulosa em pacientes com hipertensão refratária. Conclusão: O feocromocitoma, apesar de ser uma causa rara de hipertensão, representa um diagnóstico diferencial crucial em hipertensão secundária. O diagnóstico precoce e a intervenção cirúrgica adequada são fundamentais para prevenir a morbidade e mortalidade associadas. Este caso reforça a necessidade de vigilância clínica para sintomas sugestivos e a importância de investigações diagnósticas apropriadas em pacientes com hipertensão resistente, particularmente em jovens.