Efeitos adversos gastrointestinais associados ao uso de isotretinoína no manejo da acne vulgar
DOI:
https://doi.org/10.56238/levv15n39-110Palavras-chave:
Isotretinoína, Efeitos gastrointestinais, Acne vulgarResumo
Introdução: A isotretinoína é amplamente utilizada no tratamento da acne vulgar moderada a grave devido à sua eficácia comprovada. No entanto, o uso deste medicamento está associado a diversos efeitos adversos, incluindo sintomas gastrointestinais. A possível associação com doenças inflamatórias intestinais (DII) como a doença de Crohn e a colite ulcerativa continua sendo objeto de debate. Métodos: Foi realizada uma revisão sistemática da literatura nas bases de dados PubMed, Embase e Cochrane Library, abrangendo estudos publicados de 2000 a 2024. Os critérios de inclusão consideraram ensaios clínicos randomizados, estudos de coorte, caso-controle e revisões sistemáticas que relataram efeitos adversos gastrointestinais relacionados ao uso de isotretinoína. A avaliação da qualidade metodológica foi realizada por meio do sistema GRADE, e os dados foram extraídos de forma independente por dois revisores. Resultados: A revisão identificou que efeitos gastrointestinais leves, como dor abdominal, náusea e dispepsia, são relativamente comuns durante o tratamento com isotretinoína e tendem a ser transitórios e manejáveis. A associação com doenças inflamatórias intestinais permanece incerta, com alguns estudos indicando um risco aumentado, enquanto outros não encontraram correlação significativa. Fatores de risco como dose elevada, duração prolongada do tratamento e histórico de doenças gastrointestinais prévias foram associados a um aumento na probabilidade de efeitos adversos. Conclusão: Embora a isotretinoína continue a ser um tratamento eficaz para a acne vulgar, seu uso deve ser acompanhado de monitoramento rigoroso, especialmente em pacientes com fatores de risco identificados. Uma abordagem personalizada é essencial para maximizar os benefícios e minimizar os riscos. Pesquisas futuras devem focar na identificação de fatores preditivos de risco para otimizar a segurança do tratamento.