O TEMPO DA INFÂNCIA: RESPEITAR PARA EDUCAR

Abstract

A infância foi compreendida neste estudo como um tempo singular, marcado por ritmos próprios, pela necessidade do brincar, pela escuta atenta e pela construção de vínculos entre escola e família, dimensões fundamentais para a promoção de um desenvolvimento saudável e integral. Nesse horizonte, reconheceu-se que muitas práticas escolares ainda se estruturavam em modelos rígidos e fragmentados, pouco sensíveis às necessidades das crianças, o que justificou a relevância da investigação. O objetivo central consistiu em analisar, a importância de respeitar o ritmo e as necessidades da infância, tendo como eixos de discussão o papel dos ritmos individuais, o brincar como processo estruturante, a escuta pedagógica cuidadosa e a parceria contínua entre escola e família. A metodologia adotada correspondeu à pesquisa bibliográfica, entendida como um processo sistemático que reuniu, organizou e analisou criticamente informações produzidas em artigos, livros e documentos digitais, favorecendo a compreensão de determinado problema, tal como discutido por Narciso e Santana (2024) e Santana, Narciso e Fernandes (2025). Essa escolha metodológica permitiu identificar que o respeito ao tempo da infância representava não apenas uma escolha metodológica, mas um compromisso ético e pedagógico. Concluiu-se que a valorização dos ritmos individuais, da ludicidade, da escuta e das parcerias institucionais constituiu-se como caminho para a construção de práticas educativas mais humanas, inclusivas e coerentes com as necessidades do desenvolvimento infantil, ao mesmo tempo em que se reconheceu a necessidade de ampliar pesquisas sobre os efeitos de longo prazo dessas práticas.