EPÚLIDE CONGÊNITA EM NEONATO: RELATO DE CASO E DESAFIOS DO CUIDADO INTERDISCIPLINAR
DOI:
https://doi.org/10.56238/levv16n54-055Palavras-chave:
Epúlide Congênita, Neonato, Aleitamento Materno, Saúde Materno-Infantil, Relatos de CasosResumo
Introdução: A epúlide congênita é uma neoplasia benigna rara, composta por tecido mesenquimal, que se manifesta como tumor gengival séssil ou pedunculado, de coloração normocrômica e tamanho variável. Embora de caráter benigno, pode comprometer a sucção e a alimentação do recém-nascido.
Objetivo: Descrever o manejo clínico e cirúrgico da epúlide congênita em uma recém-nascida, enfatizando o diagnóstico precoce e a restauração da funcionalidade oral e do aleitamento materno.
Metodologia: Relato de caso observacional conduzido segundo a diretriz Surgical Case Report, envolvendo uma recém-nascida de parto vaginal, sem intercorrências e com parâmetros adequados para a idade gestacional, atendida em hospital materno-infantil do Sul do Brasil.
Resultados: Nas primeiras horas de vida, a paciente foi encaminhada à Unidade de Acolhimento Neonatal e observaram-se dificuldades na amamentação associadas à presença de uma massa tumoral saliente na cavidade bucal. O exame físico revelou quatro lesões, três mandibulares e uma maxilar, comprometendo o reflexo de sucção. As lesões foram diagnosticadas como epúlide congênita, exigindo suporte nutricional por sonda nasogástrica e intervenção cirúrgica. A lesão principal evoluiu para necrose e destacamento espontâneo no terceiro dia. Após a remoção das demais, houve recuperação da relação dos rodetes gengivais, retorno do reflexo de sucção e início do aleitamento. O exame anatomopatológico confirmou o diagnóstico de epúlide de células granulares ulceradas. No acompanhamento, não houve recidiva nem intercorrências respiratórias ou alimentares.
Conclusão: O diagnóstico precoce possibilita uma intervenção imediata, prevenindo complicações e promovendo a recuperação funcional e nutricional do recém-nascido, principalmente a amamentação.
Downloads
Referências
Abera, K. A., Abera, K. B., & Abera, K. C. (2024). Congenital epulis of the newborn: A case report. International Journal of Surgery Case Reports, 122, Article 110085. https://doi.org/10.1016/j.ijscr.2024.110085
Alallah, B., Alallah, J., & Mohtishan, F. (2022). Congenital epulis of the newborn: A report on two cases. Cureus, 14(6), Article e25730. https://doi.org/10.7759/cureus.25730
Atyeo, C., & Alter, G. (2021). The multifaceted roles of breast milk antibodies. Cell, 184(6), 1486–1499. https://doi.org/10.1016/j.cell.2021.02.031
Babu, E., Bhatia, V., & Sharma, R. (2021). Congenital epulis of the newborn: A case report and literature review. International Journal of Clinical Pediatric Dentistry, 14(6), 833–837. https://doi.org/10.5005/jp-journals-10005-2078
Bendowska, A., & Baum, E. (2023). The significance of cooperation in interdisciplinary health care teams as perceived by Polish medical students. International Journal of Environmental Research and Public Health, 20(2), Article 954. https://doi.org/10.3390/ijerph20020954
Dulal, A., Dulal, S., & Dulal, R. (2023). Anesthetic management of congenital epulis in a newborn: A case report. Annals of Medicine and Surgery, 85(5), 1998–2000. https://doi.org/10.1097/ms9.0000000000000539
Gavine, A., Shinwell, S. C., Buchanan, P., Farre, A., Wade, A., Lynn, F., Marshall, J., Cumming, S., Dare, S., & McFadden, A. (2022). Remote provision of breastfeeding support and education: Systematic review and meta-analysis. Maternal & Child Nutrition, 18(2), Article e13296. https://doi.org/10.1111/mcn.13296
Kang, M., & Kang, S. (2022). Congenital epulis in a newborn. Journal of the Korean Association of Oral and Maxillofacial Surgeons, 48(6), 382–385. https://doi.org/10.5125/jkaoms.2022.48.6.382
Lim, K. H., Tan, C. Y., & Tan, B. K. (2023). Congenital epulis: Diagnosis and management. The Ulster Medical Journal, 92(1), 16–18. https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC9899025/
Paredes, W. E. B., Silva, L. P., & Silva, R. A. (2022). Clinical and histopathological features of congenital epulis in a newborn submitted to laser surgery. Journal of Oral and Maxillofacial Pathology, 26(Suppl. 1), S77–S79. https://doi.org/10.4103/jomfp.jomfp_449_20
Pedroso, C. M., Silva, R. A., & Silva, L. P. (2020). Spontaneous regression of congenital epulis: A case report. Journal of Oral Diagnosis, 5, Article e20200023. https://doi.org/10.5935/2525-5711.20200023
Rauniyar, D., Rauniyar, R., & Rauniyar, S. (2023). Congenital epulis: A rare diagnosis of newborn. Journal of Surgical Case Reports, 2023(8), Article rjad453. https://doi.org/10.1093/jscr/rjad453
Sohrabi, C., Mathew, G., Maria, N., Kerwan, A., Franchi, T., Agha, R. A., & SCARE Guideline Development Group. ( картинка 2023). The SCARE 2023 guideline: Updating consensus Surgical CAse REport (SCARE) guidelines. International Journal of Surgery, 109(5), 1136–1140. https://doi.org/10.1097/JS9.0000000000000373
Xavier, A. M., Xavier, A. T., & Xavier, A. C. (2022). Congenital granular cell epulis: A rare paediatric tumour of newborn. BMJ Case Reports, 15(1), Article e244326. https://doi.org/10.1136/bcr-2021-244326
Ye, Y., Li, J., & Liu, Y. (2021). Prenatal diagnosis and multidisciplinary management: A case report of congenital granular cell epulis and literature review. The Journal of International Medical Research, 49(10), Article 03000605211053769. https://doi.org/10.1177/03000605211053769