Ervas medicinais: Promovendo sustentabilidade e renda na agricultura familiar

Resumen

A pesquisa teve como objetivo analisar os custos e a viabilidade do cultivo das ervas medicinais Melissa (Melissa officinalis) do Maracujá (Passiflora edulis) em uma propriedade rural no município de Prudentópolis, Paraná. Parte da premissa de que a diversificação de culturas é essencial para a autossuficiência econômica de pequenas propriedades caracterizadas como agricultura familiar. Para além dos aspectos econômicos, a escolha das plantas para análise está intrinsecamente ligada ao valor simbólico e cultural que as ervas medicinais carregam, sendo amplamente reconhecidas por suas propriedades terapêuticas e curativas. O cultivo de plantas medicinais, portanto, não apenas contribui para a saúde física, mas também atua como uma prática que valoriza a conexão com a natureza e os saberes ancestrais, promovendo um equilíbrio entre o bem-estar físico, emocional e espiritual dos agricultores e da comunidade local. Metodologicamente, a pesquisa é aplicada, descritiva, documental, bibliográfica e baseada em estudo de caso. O lócus da pesquisa foi definido por conveniência e acessibilidade. Após a coleta e análise dos dados, verificou-se que ambas as culturas são lucrativas, com um retorno financeiro de aproximadamente 30,5% ao ano. Além de sua viabilidade econômica, essas plantas oferecem uma abordagem holística ao bem-estar, contribuindo para o equilíbrio mental e emocional dos agricultores, que, por meio do cultivo, também resgatam práticas tradicionais e fortalecem o vínculo com a terra e com a cultura local. O cultivo de ervas medicinais, como a Melissa e o Maracujá, destaca-se, assim, não apenas como uma excelente opção para geração de renda e trabalho, mas também como um caminho para a sustentabilidade e o resgate da harmonia entre ser humano e natureza, apresentando alternativas de plantas com manejo simples, boa aceitação no mercado, facilidade de venda e preços atrativos