O IMPACTO DA DIGITALIZAÇÃO NA INTERMEDIAÇÃO ENTRE CORRETORAS E SEGURADORAS
DOI:
https://doi.org/10.56238/levv16n45-067Palabras clave:
Corretoras de seguros, Transformação digital, Intermediação, Setor segurador, AutomaçãoResumen
Este artigo tem como objetivo analisar os impactos da digitalização na intermediação entre corretoras e seguradoras, destacando os desafios e oportunidades que surgem com a incorporação de tecnologias digitais no setor de seguros. A pesquisa foi desenvolvida por meio de revisão bibliográfica qualitativa, abrangendo publicações nacionais e internacionais produzidas entre os anos de 2015 e 2024, com ênfase nos últimos cinco anos. Observa-se que a digitalização transformou não apenas os canais de venda e atendimento, mas também a lógica de funcionamento da cadeia de valor do setor segurador, exigindo a revisão dos modelos tradicionais de corretagem. A introdução de plataformas digitais, sistemas de multicálculo, inteligência artificial e automação de processos deslocou o papel do corretor de uma figura exclusivamente comercial para uma função consultiva e tecnológica. A relação entre corretoras e seguradoras, anteriormente baseada em interações predominantemente presenciais e vínculos institucionais, passou a ser mediada por ecossistemas digitais integrados, nos quais a interoperabilidade entre sistemas, a gestão de dados e a conformidade com normas regulatórias se tornaram aspectos fundamentais. As corretoras que conseguiram incorporar ferramentas digitais demonstraram maior capacidade de adaptação e competitividade, enquanto aquelas que não investiram em transformação digital enfrentam riscos de marginalização no mercado. A análise revela ainda que, apesar da crescente digitalização, o corretor permanece como agente relevante, sobretudo em produtos de maior complexidade e na fidelização do cliente. Pode-se concluir que a intermediação no setor de seguros tende a evoluir para modelos híbridos, nos quais o relacionamento humano é complementado por soluções digitais, exigindo atualização contínua, visão estratégica e capacidade de inovação por parte dos profissionais da corretagem.