AVALIAÇÃO ANESTÉSICA EM GESTANTES OBESAS: PERSPECTIVAS REFLEXIVAS SOBRE SEGURANÇA E DESAFIOS
DOI:
https://doi.org/10.56238/levv16n46-090Palabras clave:
Obesidade materna, Anestesia obstétrica, Gestação, Anestesia regional, Segurança anestésicaResumen
Este estudo reflexivo analisa os desafios anestésicos em gestantes obesas, abordando aspectos técnicos, farmacológicos e éticos. A metodologia baseou-se em uma revisão narrativa da literatura científica recente, com seleção criteriosa de artigos publicados entre 2019 e 2024 em bases como PubMed, SciELO e LILACS. A análise foi estruturada em três eixos: (1) alterações fisiológicas e anatômicas que interferem na anestesiologia obstétrica, (2) desafios técnicos e éticos no manejo anestésico e (3) impactos nos desfechos maternos e neonatais. A obesidade dificulta a realização de bloqueios neuraxiais, eleva o risco de falhas anestésicas e complica a monitorização intraoperatória. Além disso, influencia a farmacocinética dos anestésicos, exigindo ajustes na dosagem e monitorização rigorosa. No pós-operatório, há maior incidência de complicações respiratórias, tromboembolismo venoso e controle inadequado da dor, reforçando a necessidade de protocolos multimodais e abordagem multiprofissional. Conclui-se que a individualização do manejo anestésico e o aprimoramento de diretrizes baseadas em evidências são essenciais para minimizar riscos e otimizar a segurança materno- fetal. A capacitação contínua da equipe e a adoção de estratégias avançadas, como ultrassonografia para guiar bloqueios e medidas preventivas para complicações, são fundamentais para melhorar os desfechos obstétricos.