IGLÉSIAS EM MEIO A ECOS E REFLEXOS: A HISTÓRIA COMO ESPAÇO DE AMOR E CONTROVÉRSIA

Autores/as

  • Gustavo Cleon Marques Nascimento Autor/a
  • Pedro Pio Fontineles Filho Autor/a

DOI:

https://doi.org/10.56238/levv16n44-017

Palabras clave:

História, Autobiografia, Literatura, Piracicaba

Resumen

O presente trabalho analisa as obras autobiográficas de Francisco de Assis Iglésias, com foco em A Noiva da Colina e Caatingas e Chapadões, guiado pelas nuances de uma história de amor: seria Iglésias um Narciso, contemplando seu reflexo nas paisagens e memórias, ou um Eco, ressoando as vozes de outros viajantes? Seus escritos promovem um enlace entre História e Literatura como trouxe Durval Muniz? O estudo utiliza os arquétipos narrados por Ovídio (2007) em Metamorfoses, para explorar como o autor projeta suas memórias e experiências nos cenários do sertão e da cidade de Piracicaba, tecendo um diálogo entre individualidade e coletividade. A metodologia adotada é qualitativa e interpretativa, fundamentada na análise comparativa das narrativas autobiográficas de Iglésias em diálogo com os conceitos de pacto autobiográfico de Lejeune (1980) conceitos de Bourdieu (1996). Michel de Certeau (1987), Michel Foucault (1975) Hayden White(2001) François Dosse(2009) Sandra Pesavento(2002) Thamara Rodrigues (2023) oferecem suporte teórico para discutir as complexas relações entre memória, temporalidade e subjetividade na autobiografia. O objetivo da pesquisa é compreender Francisco de Assis Iglésias em seu processo criativo, investigando por que e como ele escrevia, acompanhando o desenvolvimento intelectual presente em suas memórias. Os resultados indicam que Iglésias constrói uma narrativa híbrida, em que sua trajetória pessoal se articula com a memória coletiva de Piracicaba e do sertão brasileiro, marcada pelo amor. Conclui-se que Francisco de Assis Iglésias transita entre os arquétipos de Narciso e Eco, utilizando a escrita como ato de resistência ao esquecimento. Suas memórias revelam uma identidade rica e multifacetada, na qual o "eu" individual se entrelaça com o "nós" coletivo, preservando a história e a cultura dos espaços que habitou.

Publicado

2025-01-09

Cómo citar

NASCIMENTO, Gustavo Cleon Marques; FILHO, Pedro Pio Fontineles. IGLÉSIAS EM MEIO A ECOS E REFLEXOS: A HISTÓRIA COMO ESPAÇO DE AMOR E CONTROVÉRSIA. LUMEN ET VIRTUS, [S. l.], v. 16, n. 44, p. 199–216, 2025. DOI: 10.56238/levv16n44-017. Disponível em: https://periodicos.newsciencepubl.com/LEV/article/view/2794. Acesso em: 18 jan. 2025.