INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL GENERATIVA: IMPACTOS ÉTICOS E SOCIAIS

Resumen

O presente artigo teve como objetivo examinar os efeitos éticos e sociais da inteligência artificial generativa sobre o trabalho, a educação e a cultura, com foco nas transformações do trabalho qualificado, nos riscos de exclusão sociotecnológica e nas implicações para as práticas culturais e a circulação de saberes. A pesquisa abordou criticamente a presença da IA generativa em contextos educacionais e sociais marcados por desigualdades estruturais, analisando sua influência na reorganização do trabalho docente, na fragilização da justiça social e na padronização dos conteúdos formativos. A metodologia adotada fundamentou-se em pesquisa bibliográfica de natureza qualitativa, a partir da análise de artigos acadêmicos recentes, selecionados com base em critérios de atualidade, relevância temática e densidade teórica. As discussões evidenciaram que a adoção acrítica da IA generativa, sob o argumento da eficiência técnica, implicou o esvaziamento da mediação pedagógica, o reforço de assimetrias digitais e a supressão de saberes locais. Verificou-se que, embora a IA oferecesse recursos adaptativos e de personalização do ensino, seu uso não garantiu, por si só, a equidade nos processos educativos. Concluiu-se que a presença dessa tecnologia nos espaços formativos exigiu regulação crítica e compromisso ético com a diversidade epistêmica e com os direitos sociais historicamente negligenciados.