"LA DEFENSA DEL HONOR" A DEBATE: CASOS Y ARGUMENTOS SOBRE LA LEGÍTIMA DEFENSA DEL HONOR EN LOS JUICIOS CON JURADO
DOI:
https://doi.org/10.56238/levv16n54-157Palabras clave:
Femicidio, Legítima Defensa del Honor, Homicidio AgravadogoResumen
Este artículo analiza la persistencia del argumento de defensa del honor en casos de crímenes pasionales juzgados por el Tribunal del Jurado, a pesar de su ausencia en el sistema jurídico brasileño. La defensa del honor, ampliamente movilizada a lo largo del siglo XX, continuó influyendo en las decisiones judiciales incluso después de la promulgación de la Constitución Federal de 1988 y la clasificación del feminicidio como circunstancia agravante del homicidio. Esta persistencia proviene de valores patriarcales que vinculan el honor masculino al control del comportamiento femenino, transfiriendo la responsabilidad del delito sufrido a la víctima. La investigación, de naturaleza bibliográfica, adopta un enfoque cualitativo y descriptivo, examinando la evolución histórica de la legítima defensa, su apropiación como justificación del homicidio de mujeres y su recepción en el imaginario social. Los resultados indican que el argumento, aunque extralegal, operó como un instrumento para la naturalización de la violencia de género, reiterando prácticas de culpabilización de las víctimas y relativizando la vida de las mujeres. Cabe destacar que, en marzo de 2021, el Supremo Tribunal Federal de Brasil prohibió expresamente el uso de la legítima defensa del honor en las sesiones plenarias, reconociendo su incompatibilidad con los principios constitucionales de dignidad humana, igualdad y derecho a la vida. Esta decisión representa un hito fundamental, pero su efectividad depende de la difusión social de esta prohibición y de la continua deconstrucción cultural que sustenta los discursos que legitiman el feminicidio.
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