DNA E IDENTIFICAÇÃO HUMANA: AVANÇOS DA BIOLOGIA MOLECULAR NA PRÁTICA FORENSE
DOI:
https://doi.org/10.56238/levv16n54-123Palabras clave:
Biologia Molecular, DNA, Genética Forense, Identificação HumanaResumen
A identificação humana constitui um dos pilares das Ciências Forenses, sendo essencial em investigações criminais, catástrofes em massa e desaparecimentos. Embora métodos clássicos como a papiloscopia e a análise odontológica ainda sejam amplamente utilizados, os avanços da Genética e da Biologia Molecular possibilitaram novas abordagens, destacando-se a análise de DNA como método altamente eficaz. Este trabalho tem como objetivo apresentar os fundamentos da Genética Forense e suas principais aplicações na identificação humana. A metodologia adotada baseou-se em uma revisão de literatura, por meio de bases científicas como SciELO, PubMed e Google Acadêmico. Foram abordados os tipos de DNA utilizados em perícias, com ênfase no DNA mitocondrial, que se mantém estável mesmo em amostras degradadas, os principais marcadores moleculares, como os microssatélites (Short Tandem Repeats – STRs), os minissatélites (Variable Number of Tandem Repeats - VNTRs) e os polimorfismos de nucleotídeo único (Single Nucleotide Polymorphisms – SNPs), além das técnicas de Biologia Molecular mais empregadas, como a Reação em Cadeia da Polimerase (PCR), a Eletroforese e a técnica de Southern Blotting. Os dados analisados demonstram que a Genética Forense tem promovido avanços significativos na identificação humana, assegurando resultados precisos e confiáveis mesmo em condições adversas. Conclui-se que o uso do DNA como ferramenta pericial é indispensável na resolução de casos complexos, ampliando o campo de atuação do biomédico na área forense e consolidando a aplicação científica da Biomedicina no contexto investigativo e legal.
Descargas
Referencias
ALVARENGA, I. Q. Identificação humana utilizando o DNA na saliva: revisão de literatura. Trabalho de Conclusão de Curso (Licenciatura em Ciências Biológicas) – Universidade Federal de Uberlândia. Uberlândia, p. 1-25, 2023. Disponível em: https://repositorio.ufu.br/bitstream/123456789/39661/1/Identifica%C3%A7%C3%A3oHumanaUtilizando.pdf. Acesso em: 18 set. 2025.
ARAÚJO, S.; QUEIROZ, P. Estudo das aplicações forenses do DNA na obtenção da identificação humana. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Biomedicina) – Faculdade de Ciências da Educação e Saúde, Centro Universitário de Brasília. Brasília, p. 1-27, 2017.
BARBOSA, R. P.; ROMANO, L. H. História e importância da genética na área forense. Revista Saúde em Foco, v. 10, p. 300-306, 2018.
BIANCALANA, R. C. et al. Determinação do sexo pelo crânio: etapa fundamental para a identificação humana. Rev Bras Crimin, v. 4, n. 3, p. 38-43, 2015. DOI: https://doi.org/10.15260/rbc.v4i3.98
CARVALHO, M. L. A., MIRANDA, D. C., FREITAS, M. T. S (2021). O impacto das técnicas de biologia molecular na resolução de crimes The impact of molecular biology techniques on crime resolution. Brazilian Journal of Development, v. 7, n.12, p. 114750-114766, 2021. Disponível em: https://doi.org/10.34117/bjdv7n12-307 . Acesso em: 19 de mar. 2025. DOI: https://doi.org/10.34117/bjdv7n12-307
CARNEIRO, A. P. C., ANDRADE, L. M., FRAGA, F. J. O., DUARTE, M. L. Aplicação dos métodos de identificação humana post mortem no IML Estácio de Lima no período de janeiro de 2011 a dezembro de 2015. Perspectivas em Medicina Legal e Perícia Médica, v. 2, n. 3, 2017.
DINIZ, M. C. et al. Reação em cadeia da polimerase (PCR): análise da produção científica no período de 2001 a 2021. ScientiaTec: Revista de Educação, Ciência e Tecnologia do IFRS, v. 11 n. 3, p. 236-252, 2024. DOI: https://doi.org/10.35819/scientiatec.v10i2.6326
DE OLIVEIRA, E. et al. Eletroforese: conceitos e aplicações. Enciclopédia Biosfera, v. 11, n. 22, p. 1129-1149, 2015. DOI: https://doi.org/10.18677/Enciclopedia_Biosfera_2015_149
FONSÊCA, A. L. S. et al. Genética e polimorfismo: uma abordagem sobre minissatélites e microssatélites e suas contribuições. RECISATEC – Revista Científica Saúde e Tecnologia, v. 5, n. 5, p. 1-9, 2022. Disponível em: https://doi.org/10.53612/recisatec.v2i5.136 . Acesso em: 19 de mar. 2025. DOI: https://doi.org/10.53612/recisatec.v2i5.136
FRANCO, E. M. S. Z. S. et al. The importance of forensic dentistry inside a forensic institute/A importancia do odontolegista dentro do instituto médico legal. Revista Brasileira de Medicina do Trabalho, v. 11, n. 1, p. 34-40, 2013.
GARCIA, E.S. Genômica e Proteômica. In: GARCIA, E. S. Genes: fatos e fantasias. 20. ed. Rio de Janeiro: Editora FIOCRUZ, 2006, p. 13-49. ISBN 978-65-5708-102-0. Disponível em: https://doi.org/10.7476/9786557081020.0003. Acesso em: 16 abr. 2025. DOI: https://doi.org/10.7476/9786557081020.0003
GIOSTER-RAMOS, M. L. et al. Técnicas de identificação humana em Odontologia Legal. Research, Society and Development, v. 10, n. 3, p. 1-14, 2021. Disponível em: http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v10i3.13200. Acesso em: 18 set. 2025. DOI: https://doi.org/10.33448/rsd-v10i3.13200
GUIMARÃES, B. D. Associação de polimorfismos de nucleotídeo único (SNPs) dos genes PSCA, TP53 e NQO1 e sua relação com o desenvolvimento de carcinoma mamário em mulheres no estado da Paraíba. Dissertação (Mestrado em Biologia Celular e Molecular) – Universidade Federal da Paraíba, João Pessoa, p. 1-56, 2020. Disponível em: https://repositorio.ufpb.br/jspui/bitstream/123456789/18318/1/BeatrizDantasGuimar%C3%A3es_Dissert.pdf. Acesso em: 18 set. 2025.
INTERPOL. Disaster Victim Identification Guide. Interpol Dvi Guide, p. 16, 2023. Disponível em: https://www.interpol.int/How-we-work/Forensics/Disaster-Victim-Identification-DVI. Acesso em: 15 set. 2025
LICÍNIO, C. O. L.; AYRES, F. M. O uso de PCR em tempo real em diagnósticos de arboviroses: revisão integrativa. Jornal Brasileiro de Patologia e Medicina Laboratorial, São Paulo, v. 57, n. 1, p. 1-9, 2021. DOI: 10.5935/1676-2444.20210048. Disponível em: https://www.scielo.br/j/jbpml/a/h6wJYgwpVNT4Pb6DLdjx74H/?format=pdf&lang=pt. Acesso em: 26 ago. 2025. DOI: https://doi.org/10.5935/1676-2444.20210048
LIECHESKI, C.; FEDATTO, P. F.; DE FREITAS, F. A. Genética forense: fundamentos e aplicações. Brazilian Journal of Health Review, v. 2, p. 6722–6742, 2022. Disponível em: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/46644/pdf. Acesso em: 19 mar. 2025. DOI: https://doi.org/10.34119/bjhrv5n2-241
MCKINNEY, R.; OLIVEIRA, M. Replicating animal mitochondrial DNA. Genetics and Molecular Biology, v. 36, p. 308-315, 2013. DOI: https://doi.org/10.1590/S1415-47572013000300002
NATIONAL HUMAN GENOME RESEARCH INSTITUTE. Histone. 2025. Disponível em: https://www.genome.gov/genetics-glossary/histone. Acesso em: 15 mar. 2025.
NEGANOVA, M. E. et al. Histone modifications in epigenetic regulation of cancer: Perspectives and achieved progress. Seminars in Cancer Biology, v. 83, p. 452- 471, 2022. Disponível em: https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S1044579X20301760. Acesso em: 10 out. 2025. DOI: https://doi.org/10.1016/j.semcancer.2020.07.015
PAES, R.; RIBEIRO, I. Importância do DNA Forense para a Biologia Moderna: Uma Revisão. Ensaios e Ciência: Ciências Biológicas, Agrárias e da Saúde, v. 20, n. 1, p. 30-37, 2016.
PETRUCI, J. F. S. et al. Fundamentos da eletroforese e eletroforese capilar. In: MIRANDA, M. L. D. (Org.). Fitoquímica: potencialidades biológicas dos biomas brasileiros. Guarujá: Editora Científica Digital, 2022, v. 2, p. 65-82. DOI: https://doi.org/10.37885/220509052
PINTO, L. B.; CAPUTO, I. G. C.; PEREIRA, M. M. I. Importância do DNA em Investigações Forenses: Análise de DNA Mitocondrial. Brazilian Journal of Forensic Sciences, Medical Law and Bioethics, v. 6, n. 1, p. 84-107, 2016. DOI: https://doi.org/10.17063/bjfs6(1)y201684
ROSSMANN, M. P. et al. Mitochondrial function in development and disease. Disease Models & Mechanisms, v. 14, n. 6, p. 1-36, 2021. Disponível em: https://journals.biologists.com/dmm/article/14/6/dmm048912/269120/Mitochondrial-function-in-development-and-disease. Acesso em: 26 ago. 2025. DOI: https://doi.org/10.1242/dmm.048912
SANTOS, B. F. O. A importância da papiloscopia na identificação de vítimas de acidentes de massa. Revista Brasileira de Criminalística, v. 11, n. 2, p. 48-53, 2022. DOI: https://doi.org/10.15260/rbc.v11i2.420
SILVA, T. A.; FRANGIOSA, P. C. 5. A aplicação de técnicas moleculares de DNA na investigação forense. Revista Científica UMC, v. 3, n. 2, p. 1-15, 2018.
STANLEY, U. N. et al. Forensic DNA profiling: autosomal short tandem repeat as a prominent marker in crime investigation. The Malaysian journal of medical sciences: MJMS, v. 27, n. 4, p. 22-35, 2020. DOI: https://doi.org/10.21315/mjms2020.27.4.3
NEVES, A. F. Introdução à Biologia Celular e Molecular para o Ensino. In: NEVES, A. F. (Org.). Ensino de Biologia. Goiânia: Gráfica da UFG, 2017. Módulo 2, Capítulo 2, Parte II, p. 1-135. Disponível em: https://publica.ciar.ufg.br/ebooks/ensino-de-biologia/Mod2Cap2_Parte_II/conteudo/8-3.html. Acesso em: 18 set. 2025.
VAREJÃO, J. D. V. et al. A importância das técnicas laboratoriais na análise forense. Brazilian Journal of Surgery and Clinical Research – BJSCR, v. 33, n. 2, p. 104-108, 2020.
VITÓRIO, F. DNA no ensino de Biologia e Química. Revista Educação Pública, Rio de Janeiro, v. 22, n. 17, 2017. Disponível em: https://www.researchgate.net/profile/Felipe-Vitorio/publication/351197990_DNA_no_Ensino_de_Biologia_e_Quimica/links/608b544092851c490fa77334/DNA-no-Ensino-de-Biologia-e-Quimica.pdf. Acesso em: 18 set. 2025.