DILEMAS ÉTICOS NO ATENDIMENTO MÉDICO A MULHERES EM SITUAÇÃO DE VULNERABILIDADE SOCIAL: AMPLIANDO O DEBATE SOBRE POPULAÇÕES MARGINALIZADAS NA EDUCAÇÃO
DOI:
https://doi.org/10.56238/levv15n41-097Palabras clave:
Populações Negligenciadas, Vulnerabilidade Social, Medicina de Família e Comunidade, Educação MédicaResumen
O presente trabalho aborda reflexões e discussões sobre a figura feminina no cenário da marginalização social, atrelada a ameaças de direitos humanos, com um foco no acesso à saúde e no acompanhamento longitudinal de qualidade. Tal debate, analisa o processo histórico de marginalização e opressão amplificado quando a mulher está inserida como habitante das ruas, potencializando fragilidades do desamparo e do uso abusivo de substâncias, agravando assim a violência e o estigma. Trata-se de uma revisão narrativa de literatura, de caráter reflexivo, associada a um relato de experiência educacional na construção de uma metodologia de ensino baseada em um caso fictício disparador de discussão e resolução de problemas atrelados a violações de direitos humanos da mulher marginalizada, à luz de filosofias do direito e do estudo de políticas públicas para alunos de graduação médica. O desenvolvimento do trabalho mostra a importância da ampliação dos estudos dessa temática, dando foco a pessoas historicamente invisíveis, em uma narrativa problematizadora, utilizando a construção de casos clínicos contendo não apenas necessidades em saúde para uma resolução de medicalização, pautada estritamente em diagnósticos biológicos, mas que desafiem o pensamento reflexivo da medicina social, direcionando o debate para linhas de direitos humanos, em um contexto de diálogos interprofissionais e estudos de políticas públicas, como essenciais na formação de médicos engajados com a garantia da equidade e acesso aos seguimentos populacionais mais negligenciados do Brasil.