ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DA DENGUE EM CRIANÇAS E ADOLESCENTE NO BRASIL: CASOS NOTIFICADOS (2019-2023)
DOI:
https://doi.org/10.56238/levv16n46-050Palabras clave:
Dengue, Epidemiologia, Incidência, PediatriaResumen
Introdução: A dengue é uma doença infecciosa transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, afetando principalmente regiões tropicais. Entre 2019 e 2023, a incidência da doença em crianças no Brasil aumentou significativamente, agravada pela circulação dos sorotipos DENV-1 e DENV-2. A vulnerabilidade infantil, associada a fatores como sistema imunológico em desenvolvimento e condições socioeconômicas, torna essencial a análise epidemiológica da dengue nesse grupo. Objetivos: O estudo teve como objetivo geral analisar a epidemiologia da dengue em crianças no Brasil entre 2019 e 2023. Os objetivos específicos incluíram a investigação da relação entre idade e gravidade da doença, a incidência por sexo e região, e o número de hospitalizações por dengue. Metodologia: Trata-se de um estudo epidemiológico retrospectivo e descritivo, com abordagem quantitativa, utilizando dados secundários do DATASUS e SINAN. Foram analisados casos prováveis e confirmados de dengue em crianças e adolescentes (0-19 anos) por meio da Lista de Morbidade CID-10. Os dados foram submetidos a análises estatísticas e testes de associação (Qui-Quadrado) para verificar correlação entre variáveis. Resultados: No período analisado, foram registrados 1.501.372 casos prováveis de dengue entre crianças e adolescentes, com 1.251.126 confirmações. O Nordeste apresentou a maior taxa de hospitalização (28,8%), enquanto o Sudeste teve a maior incidência de casos. O sorotipo DENV-3 predominou no Norte e o DENV-4 no Sul. A taxa de mortalidade foi de 0,28%, com maior letalidade na faixa etária de menores de 1 ano. Conclusão: O estudo revelou a heterogeneidade regional e a gravidade da dengue em crianças no Brasil. As diferenças na incidência e na gravidade da doença exigem políticas públicas eficazes, incluindo controle do vetor, ampliação da infraestrutura de saúde e campanhas educativas. O monitoramento contínuo dos sorotipos e o investimento na prevenção são fundamentais para reduzir o impacto da dengue na população infantil brasileira.