OBSTETRIC VIOLENCE AND MATERNAL MORTALITY AMONG BLACK WOMEN
DOI:
https://doi.org/10.56238/levv16n54-170Keywords:
Obstetric Violence, Institutional Racism, Women’s Health, Childbirth Humanization, Racial Equity, Reproductive RightsAbstract
This study focused on the analysis of obstetric violence in Brazil, understood as a structural manifestation of the historical inequalities of gender, race, and social class. It aimed to understand how institutional racism and the authoritarian biomedical model more intensely affect Black women during the pregnancy and postpartum cycle. The research was developed through a qualitative bibliographic review, based on academic studies and institutional reports addressing the issue from the perspectives of public health, human rights, and racial equity. The theoretical analysis revealed that obstetric violence goes beyond individual actions by health professionals, constituting an institutionalized practice that normalizes women’s pain and suffering, especially that of Black women, historically marginalized by structural racism. It was also found that the lack of effective public policies and antiracist training for health professionals contributes to the perpetuation of discriminatory and dehumanized practices in obstetric care. As a result, maternal mortality among Black women was found to be significantly higher, highlighting the urgency of intersectoral policies that integrate race, gender, and social class in public health strategies. It is concluded that tackling obstetric violence requires an intersectional and transformative approach centered on childbirth humanization, ethical and antiracist professional training, and the consolidation of institutional practices that ensure women’s right to safe, dignified, and respectful motherhood.
Downloads
References
ASSIS, Jussara Francisca de. Interseccionalidade, racismo institucional e direitos humanos: compreensões à violência obstétrica. Serviço Social & Sociedade, n. 133, p. 547-565, 2018.
AGUIAR, Janaína Maria Marques de; D’OLIVEIRA, Ana Flávia Pires Lucas. Violência institucional em maternidades públicas sob a ótica das usuárias. Revista de Saúde Pública, São Paulo, v. 45, n. 4, p. 760–767, 2011. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S0034-89102011000400015. Acesso em: 10 out. 2025.
BRASIL. Ministério da Saúde. Painel de Monitoramento da Mortalidade Materna. Brasília: MS, 2023. Disponível em: https://www.gov.br/saude. Acesso em: 10 out. 2025.
BRASIL. Ministério da Saúde. Relatório da Oficina Morte Materna das Mulheres Negras no Contexto do Sus. Brasília: Ministério da Saúde, 2025.
CORRÊA, Ana Paula Dias. Atenção ao Parto e Nascimento em Manaus: um olhar para as denúncias de Violência Obstétrica registradas pelo Humaniza Coletivo Feminista. 2022.
CORRÊA, Ana Paula Dias; TORRES, Iraildes Caldas. Violência obstétrica: expressão da questão social posta ao trabalho do assistente social. Argumentum, v. 13, n. 3, p. 90-102, 2021.
DE CASTILHOS, Bibiana das Virgens. A VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA EM MULHERES NEGRAS: UMA ANÁLISE SOB A PERSPECTIVA DE GÊNERO E DO RACISMO INSTITUCIONAL OBSTETRIC VIOLENCE IN BLACK WOMEN: AN ANALYSIS UNDER THE GENDER AND INSTITUTIONAL RACISM PERSPECTIVE.2022.
DA SILVEIRA, Natália Olivério; DA SILVA MOREIRA, Inês; MATTAR, Jane Borges Lemos. A mortalidade materna de mulheres negras diante a violência institucional no âmbito da política de saúde no Brasil. REVISTA DELOS, v. 18, n. 70, p. e6302-e6302, 2025.
DE LIMA, TATIANE MICHELE MELO. “TEM COR, TEM CORTE, E A HISTÓRIA DO MEU LUGAR”: A interseccionalidade.
DE AGUIAR RODRIGUES, Daniel et al. VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA COMO EXPRESSÃO DA VIOLÊNCIA INSTITUCIONAL: ANÁLISE DE NARRATIVAS FEMININAS. REVISTA FOCO, v. 18, n. 6, p. e8836-e8836, 2025.
DINIZ, Carmen Simone Grilo. Humanização da assistência ao parto no Brasil: os muitos sentidos de um movimento. Ciência & saúde coletiva, v. 10, n. 3, p. 627-637, 2005.
DINIZ, Carmen Simone Grilo. Humanização da assistência ao parto no Brasil: os muitos sentidos de um movimento. Ciência & Saúde Coletiva, v. 10, n. 3, p. 627–637, 2015. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S1413-81232005000300019. Acesso em: 10 out. 2025.
GÓES, Emanuelle F. Discriminação interseccional: Racismo institucional e violência obstétrica.2020.
GÓES, Emanuelle Freitas; FERREIRA, Andrêa JF; RAMOS, Dandara. Racismo antinegro e morte materna por COVID-19: o que vimos na Pandemia?. Ciência & Saúde Coletiva, v. 28, p. 2501-2510, 2023.
LEAL, Maria do Carmo et al. A cor da dor: iniquidades raciais na atenção pré-natal e ao parto no Brasil. Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 33, supl. 1, p. e00078816, 2017. Disponível em: https://doi.org/10.1590/0102-311X00078816. Acesso em: 10 out. 2025.
LEAL, Rayane Marinho; TAVARES, Isadora. COMO OS DIREITOS HUMANOS INFLUENCIAM POSITIVAMENTE NO DIÁLOGO ENTRE AS DIFERENTES IGREJAS CRISTÃS DA REGIÃO METROPOLITANA DO RECIFE. Direitos humanos: desafios do diálogo democrático na construção da cidadania, 2019.
MIRANDA, Vitória Torquato Silva et al. A violência obstétrica, o racismo e sua consequência na vida da mulher negra. Research, Society and Development, v. 14, n. 4, p. e1814448513-e1814448513, 2025.
MAIA, Mônica Bara. Humanização do parto: política pública, comportamento organizacional e ethos profissional na rede hospitalar pública e privada de Belo Horizonte. Belo Horizonte: Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, 2008.
MAIA, Mônica Bara. Humanização do parto: política pública, comportamento organizacional e ethos profissional. Editora Fiocruz, 2010.
MEDEIROS, Rita de Cássia da Silva; NASCIMENTO, Ellany Gurgel Cosme do. “Na hora de fazer não chorou”: a violência obstétrica e suas expressões. Revista Estudos Feministas, v. 30, n. 3, p. e71008, 2022.
NAGAHAMA, Elizabeth Eriko Ishida; SANTIAGO, Silvia Maria. Humanização e eqüidade na atenção ao parto em município da região Sul do Brasil. Acta paulista de enfermagem, v. 21, p. 609-615, 2008.
OLIVEIRA, Beatriz Muccini Costa; KUBIAK, Fabiana. Racismo institucional e a saúde da mulher negra: uma análise da produção científica brasileira. Saúde em Debate, v. 43, p. 939-948, 2019.
ROHDE, Ana Maria Basso. A outra dor do parto: género, relações de poder e violência obstétrica na assistência hospitalar ao parto. 2016. Dissertação de Mestrado. Universidade NOVA de Lisboa (Portugal).
SANTANA, Ariane Teixeira de et al. Racismo obstétrico, um debate em construção no Brasil: percepções de mulheres negras sobre a violência obstétrica. Ciencia & saude coletiva, v. 29, p. e09952023, 2024.
SILVA, Rebeca Rivera Justiniano et al. SAÚDE DA MULHER NEGRA NO PÓS-PARTO: QUESTÕES DE EQUIDADE E CUIDADO HUMANIZADO EM SAÚDE. LUMEN ET VIRTUS, v. 16, n. 45, p. 793-801, 2025.
VASCONCELOS, Deborah Brena Oliveira. A violência obstétrica no Brasil como reflexo das desigualdades de gênero e raça: uma análise dos direitos da parturiente. 2024.
ZANATTA, Sabrina Abreu Dagostin. REFLEXOS DO RACISMO INSTITUCIONAL NA MORTALIDADE MATERNA NO PAÍS. Anais do Seminário Internacional em Direitos Humanos e Sociedade, v. 6, 2024.