VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E GESTALT-TERAPIA: UM OLHAR SOBRE A OBRA É ASSIM QUE ACABA DE COLLEN HOOVER
DOI:
https://doi.org/10.56238/levv16n54-107Keywords:
Ampliação de Consciência, Enfrentamento, Fronteira de Contato, Manejo Clínico, Violência DomésticaAbstract
Esta pesquisa se origina de uma revisão da obra "É Assim que Acaba", de Colleen Hoover, que aborda um tema extremamente relevante para as mulheres na sociedade brasileira: a violência doméstica. Essa questão surge frequentemente nos consultórios psicológicos como uma fonte de sofrimento, sem que haja uma forma acessível de escape para o psíquico humano. O principal objetivo deste estudo é identificar a problemática da violência doméstica e determinar o manejo clínico mais adequado para enfrentá-la à luz da abordagem da Gestalt-terapia. Considera-se, ainda, os contextos em que as vítimas não conseguem reconhecer os atos de violência como agressão contra si mesmas, buscando, assim, a ampliação da consciência. A pesquisa tem uma ênfase classificatória por meio de um estudo de caso baseado na história de Lily Bloom, sendo conduzida como uma revisão da literatura. Os questionamentos iniciais incluíram: Como a violência doméstica sofrida por Lily Bloom pode ser observada pela abordagem da Gestalt-terapia?; Quais manejos essenciais dentro da teoria podem auxiliar no potencial de ação de mulheres que estão em sofrimento físico e mental devido à violência doméstica?; e Quais critérios comportamentais levam à escolha de ‘fechar os olhos’ para agressões domésticas entre casais? Os instrumentos utilizados para a comprovação da metodologia em Gestalt-terapia aplicada na prática foram buscados em bases de dados como SciELO, PePSIC e CAPES. Os resultados evidenciam a eficácia da Gestalt-terapia na abordagem das demandas de mulheres violentadas por seus maridos. Esse processo ocorre por meio de um trabalho conjunto que envolve acolhimento do sofrimento, sustentação do self da cliente, ampliação da consciência e tomada de decisões saudáveis, fundamentadas em uma fronteira de contato ajustada. Dessa forma, a principal ferramenta de defesa e libertação do sofrimento é a própria pessoa.
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