FEBRE MACULOSA BRASILEIRA: PANORAMA DA DOENÇA ENTRE 2019 E 2023
DOI:
https://doi.org/10.56238/levv16n53-155Palabras clave:
Doenças Infecciosas, Riquetsiose, Zoonose Emergente, Animais Silvestres, Populações VulneráveisResumen
Uma zoonose emergente de notificação compulsória e relevância em saúde pública, a Febre Maculosa Brasileira é causada pela bactéria Rickettsia rickettsii, transmitida por carrapatos do gênero Amblyomma. A bactéria já foi isolada em diversos hospedeiros, incluindo cavalos, gambás, capivaras, muares, cães domésticos e humanos, com registros de casos tanto em áreas rurais quanto urbanas. Este estudo transversal apresenta dados epidemiológicos da doença notificados no Brasil entre 2019 e 2023, extraídos do banco de dados do DATASUS/Ministério da Saúde, evidenciando a dispersão da FMB e o perfil da população afetada. Foram notificados 1.193 casos nesse período, predominando em homens na faixa etária produtiva, o que resulta em significativo impacto socioeconômico. Embora a maioria dos pacientes tenha evoluído para a cura, o número de óbitos permanece relevante. Os reservatórios da FMB são variados, sendo cavalos e capivaras os mais competentes, com estas últimas cada vez mais comuns em ambientes urbanos. O ciclo biológico do carrapato inclui quatro estágios, envolvendo até três hospedeiros e o ambiente. As ninfas destacam-se como as formas mais infectantes, devido à sua elevada capacidade de parasitismo e à necessidade de obter sangue para alcançar a fase adulta. Embora os meses mais quentes apresentem maior incidência da presença do carrapato, a infecção pode ocorrer em qualquer estação do ano. Fatores ambientais e processos de urbanização têm favorecido a propagação da febre maculosa, ampliando os riscos à saúde pública.
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Referencias
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