PATOLOGIA EM ALVENARIA NA REGIÃO DO ENCUNHAMENTO
DOI:
https://doi.org/10.56238/levv16n46-043Keywords:
Encunhamento, Argamassas, Patologia, Resistência a compressão, Resistência a tração na flexãoAbstract
O encunhamento de paredes de alvenaria é o processo de preenchimento do espaço restante entre a estrutura e a última fiada de blocos das paredes. Além de preencher o espaço remanescente entre a última fiada de blocos e a estrutura, deve garantir equilíbrio e maior durabilidade à edificação. O procedimento pode envolver tanto o preenchimento quanto o pré-tensionamento da parede de alvenaria por meio de elementos construtivos adequados. A retração da argamassa e a transmissão de esforços da estrutura para a alvenaria são fatores que contribuem para a formação de patologias, tais como: fissuras que afetam a estanqueidade, o descolamento de revestimentos, o esmagamento dos blocos. A falta de desempenho na região do encunhamento, têm gerado preocupação entre os profissionais de engenharia civil. A norma NBR 8545 (1984), apresenta recomendações para o encunhamento, dizendo: "as alvenarias, em obras com estruturas em concreto armado, devem ser interrompidas abaixo de vigas e lajes e preenchidas de modo a garantir o perfeito travamento entre a alvenaria e a estrutura". Cabe ressaltar que, à época da publicação dessa norma, as estruturas de concreto eram mais baixas, com vãos menores em lajes e vigas, além de apresentarem menor deformabilidade em comparação às construções modernas. Com o avanço da engenharia civil ao longo dos anos, o aumento da resistência do concreto trouxe a necessidade de utilizar argamassas mais flexíveis e aderentes na zona de encunhamento. Esse processo exige materiais e técnicas que garantam a absorção dos esforços e promovam a máxima aderência entre os diferentes elementos construtivos.