A SATISFAÇÃO COM A VIDA DOS MÉDICOS ANESTESIOLOGISTAS DO ESTADO DO PIAUÍ

Abstract

A medicina está sempre em contato com o que é mais emblemático no ser humano: a dor, a doença, a finitude, a morte e a ideia de fracasso na saúde. Logo, o médico precisa ser uma pessoa muito saudável para que possa propiciar um bom cuidado ao próximo. Porém, cada vez mais, esses profissionais apresentam-se como sujeitos vulneráveis ao adoecimento e trazem à baila suas condições de trabalho precárias. Condições estas, que podem influenciar diretamente no nível de satisfação com a vida desses profissionais e predispô-los a uma situação de fragilidade em relação a si mesmo e ao outro, colocando-os em risco de desenvolvimento da síndrome de burnout. Por isso, este trabalho objetivou-se em aplicar e correlacionar uma Escala de Satisfação com a Vida validado pela UFRS entre os médicos anestesiologistas do Estado do Piauí. Identificou-se possíveis fatores que possam contribuir para um menor nível de satisfação e a existência de fatores que podem levar ao desenvolvimento da Síndrome de burnout. A maioria dos anestesiologistas do Estado do Piauí estão satisfeitos com a vida. Os maiores escores encontrados possuem relação direta com a satisfação em relação a remuneração. Não houve nenhum fator que se associasse com um baixo nível de satisfação de vida, entretanto, pode-se perceber que possivelmente alguns entrevistados estão emergidos em fatores de riscos relacionados com um adoecimento futuro.