ECOEPIDEMIOLOGIA DAS SUPERBACTÉRIAS URBANAS: PEQUENOS ANIMAIS COMO INDICADORES AMBIENTAIS DE RESISTÊNCIA ANTIMICROBIANA
DOI:
https://doi.org/10.56238/ERR01v10n7-036Palavras-chave:
Antropização, Bioindicadores, One Health, Resistência Bacteriana, Vigilância AmbientalResumo
A resistência antimicrobiana (RAM) tem se consolidado como um dos principais desafios globais para a saúde pública, especialmente devido à sua crescente disseminação em ambientes urbanos. Considerando que pequenos animais sinantrópicos mantêm estreita interação com resíduos humanos e locais de alta antropização, tornou-se relevante compreender seu papel na circulação ambiental de microrganismos multirresistentes. Objetivou-se, portanto, analisar a ecoepidemiologia da RAM em pequenos animais urbanos, avaliando sua potencialidade como indicadores ambientais da presença e dispersão de superbactérias. Para tanto, procedeu-se a uma revisão narrativa com elementos de revisão integrativa, baseada em estudos publicados entre 2000 e 2025, selecionados em bases científicas internacionais e analisados de forma temática e crítica. Desse modo, observou-se que roedores peridomésticos, marsupiais e aves sinantrópicas apresentam alta prevalência de enterobactérias e estafilococos resistentes, cuja ocorrência é diretamente influenciada pelo nível de antropização e pela qualidade ambiental. Os achados também revelaram lacunas metodológicas, como ausência de padronização e escassez de estudos longitudinais, que limitaram comparações mais amplas. Isso permitiu concluir que pequenos animais urbanos constituem sentinelas promissoras da RAM, mas sua efetiva utilização em programas de monitoramento depende de avanços metodológicos e da integração ao escopo da abordagem One Health.
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