FAMÍLIAS NEGRAS LGBTI+ PENTECOSTAIS E AFETO DE RESISTÊNCIA
DOI:
https://doi.org/10.56238/ERR01v10n4-005Palavras-chave:
Igreja Inclusiva Pentecostal, Interseccionalidade, Famílias Negras LGBTI+, Decolonialidade, QuilomboResumo
Este texto apresenta parte de resultados de uma pesquisa em andamento de doutorado em Ciência da Religião sobre famílias negras LGBTI+ pentecostais no Brasil, aqui denominadas famílias aquilombadas, como expressões ético-afetivas de resistência no campo religioso. Com abordagem interseccional e decolonial, utiliza a metáfora do quilombo pentecostal para compreender igrejas inclusivas como territórios de afeto, liberdade e reconstrução de vínculos. Baseado em entrevistas com pessoas e famílias negras LGBTI+ de três igrejas, o estudo identifica que essas famílias tensionam normativas cristãs e criam novas formas de espiritualidade contra-hegemônica, que revelam panoramicamente tanto o potencial de reconstrução afetiva e política quanto os limites da inclusão quando não há ruptura com hierarquias raciais, morais e de gênero.
Downloads
Referências
BUTLER, Judith. Corpos que importam: os limites discursivos do sexo. Tradução: Sérgio Lamarão. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2015.
BUTLER, Judith. Problemas de gênero: feminismo e subversão da identidade. Tradução: Renato Aguiar. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2003.
COLLINS, Patricia Hill. Pensamento feminista negro: conhecimento, consciência e a política do empoderamento. São Paulo: Boitempo, 2019.
CRENSHAW, Kimberlé. Documento para o encontro de especialistas em aspectos da discriminação racial relativos ao gênero. Estudos Feministas, Florianópolis, v. 10, n. 1, p. 171-188, 2002.
MIGNOLO, Walter. A ideia de América Latina. Tradução: Eliana Aguiar. Malden: Blackwell, 2007.
NASCIMENTO, Beatriz. O conceito de quilombo e a resistência cultural negra. In: RATTS, Alex (org.). Eu sou atlântica. São Paulo: Instituto Kuanza, 2006. p. 103-109.
NASCIMENTO, Abdias do. O genocídio do negro brasileiro: processo de um racismo mascarado. 3. ed. São Paulo: Perspectiva, 2016.
QUIJANO, Aníbal. Colonialidade do poder, eurocentrismo e América Latina. In: LANDER, Edgardo (org.). A colonialidade do saber: eurocentrismo e ciências sociais. Buenos Aires: CLACSO, 2005. p. 227-278.setembro 2005. pp.227-278.
RIBEIRO, Djamila. O que é lugar de fala? Belo Horizonte: Letramento; Justificando, 2017.
ROLNIK, Suely. Esferas da insurreição: notas para uma vida não cafetinada. São Paulo: n-1 edições, 2019.
SANTOS, Átila Augusto dos; CORREA, Marina Santos. Montanhas em disputa: igrejas inclusivas e a contestação à teologia do domínio. In: COSTA, Moab César C. (org.). História & diálogos: as múltiplas dimensões do sagrado. [S. l.]: Pluralidades; NEIHR, 2023. p. 63–93.
