A CARTILHA NA LITERATURA SURDA: METODOLOGIA DE ENSINO PARA INCLUSÃO
DOI:
https://doi.org/10.56238/ERR01v10n6-023Palavras-chave:
Inclusão Escolar, Literatura Surda, Cartilhas Pedagógicas, LIBRAS, Educação BilíngueResumo
O presente artigo contempla a evolução da educação especial no Brasil, com ênfase na educação de surdos, a importância do ensino bilíngue na escola e a utilização da cartilha como ferramenta de inclusão. A história da educação de pessoas com deficiência no Brasil desde o início do século XIX, com os primeiros esforços de inclusão, a criação do Instituto Benjamin Constant e o Instituto Nacional de Educação de Surdos, até o século XX, caracterizando a educação de surdos como um modelo segregador e oralista, que marginalizava a Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS). A partir da promulgação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) em 1996, e da inclusão de LIBRAS como língua oficial da comunidade surda em 2002. O artigo também destaca o impacto positivo do ensino bilíngue para o aluno surdo, que adota a LIBRAS como primeira língua e o português escrito como segunda, promovendo um modelo de aprendizagem mais imersivo e eficaz. A implementação do ensino bilíngue é vista como uma ação essencial para uma educação inclusiva, ajudando a superar barreiras de exclusão e criando um ambiente escolar mais justo e igualitário. Neste trabalho, buscou-se informações com o auxílio de portais como Portal Educação, Portal do Governo Federal além de outros, também dialogamos com autores como Beyer, Carneiro, Carvalho, Franco, Gadotti, Gil, Karnopp, Jannuzzi, Minayo, Nóvoa, Richardson, Oliveira, Perrenoud, Saviani, Skliar dentre outros, os que os que não foram referenciados, porém contribuíram com ideias que ajudaram e subsidiaram o aprendizado desta produção.
Downloads
Referências
BEYER, F. Educação especial: da segregação à inclusão. São Paulo: Cortez, 2013.
CARNEIRO, L.; DALL’ACQUA, M. Metodologias inclusivas no ensino de alunos surdos. Rio de Janeiro: Vozes, 2014.
CARVALHO, Rosita Edler. Educação inclusiva: com os pingos nos “is”. Porto Alegre: Mediação, 2004.
CRESWEL, J. W. Projeto de pesquisa: método qualitativo, quantitativo e misto. 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 2007.
FERREIRA, P.; ALMEIDA, R. Literatura surda e cartilhas bilíngues: práticas pedagógicas inclusivas. Curitiba: UEPG, 2019.
FRANCO, A.; PIMENTA, S. Formação docente para educação inclusiva. São Paulo: Loyola, 2012.
GADOTTI, Moacir. A questão da educação formal/não-formal. Sion: Instituto Paulo Freire – IDE, 2005.
Gil, Antônio Carlos Métodos e técnicas de pesquisa social / Antônio Carlos Gil. - 6. ed. - São Paulo : Atlas, 2008.
GONÇALVES, Aline; SILVA, Rogério. Educação bilíngue e identidade surda: perspectivas inclusivas na escola contemporânea. Revista Brasileira de Educação Especial, v. 29, n. 2, p. 35-50, 2023.
GLAT, R.; PLETSCH, M. D. (orgs.). Educação inclusiva: cultura, políticas e práticas. 3. ed. Rio de Janeiro: EdUERJ, 2022.
JANNUZZI, Gilberta de Martino. A educação do deficiente no Brasil: dos primórdios ao início do século XXI. Campinas: Autores Associados, 2012.
KARNOPP, L. B. Literatura surda e educação bilíngue: desafios e perspectivas. Florianópolis: UFSC, 2006.
LIBÂNEO, J. C. Didática. 3. ed. São Paulo: Cortez, 2013.
MARTINS, Beatriz. Ensino bilíngue e cultura surda: caminhos para a inclusão efetiva. Educação em Debate, v. 38, n. 4, p. 85-95, 2023.
MEDEIROS, C. Metodologia da pesquisa científica. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2009.
MENDES, E. A inclusão na educação básica: políticas e práticas pedagógicas. Educação em Revista, v. 28, p. 2020.
MINAYO, M. C. S. O desafio do conhecimento: pesquisa qualitativa em saúde. 10. ed. São Paulo: Hucitec, 2012.
MANTOAN, Maria Teresa Eglér. Inclusão escolar: o que é? Por quê? Como fazer? São Paulo: Moderna, 2003.
NASCIMENTO, Sandra P.; LODI, Ana C. B. Educar em duas línguas: fundamentos para uma escola bilíngue inclusiva. Revista Práxis Educativa, v. 20, n. 1, p. 60-75, 2024.
NÓVOA, António. Os professores e a sua formação. Lisboa: Educa, 2010.
RICHARDSON, Roberto Jany, Pesquisa social; métodos e técnicas / Roberto Jarty Richardson; colaboradores José Augusto de Souza Peres ... (et al.). - 3. ed. - 14. reimpr. - São Paulo : Atlas, 2012.
OLIVEIRA, T. Recursos pedagógicos para educação bilíngue de surdos. São Paulo: Moderna, 2022.
OLIVEIRA, Patrícia Colares de; SANTOS, Weslei Farias dos; MIRANDA, Andrea da Silva. Cartilha informativa bilíngue sobre a cultura paraense: uma proposta de material didático alternativo para o docente desenvolve a inclusão do aluno surdo no ensino regular. Anais do III Fórum Amazônico de Estudos da Linguagem, Belém, 2022. DOI: 10.5281/zenodo.7834532.
PERRENOUD, Philippe. Desenvolver a prática reflexiva na profissão docente. Porto Alegre: Artmed, 2000.
SANTOS, A. Metodologias bilíngues na educação de alunos surdos. Rio de Janeiro: FGV, 2021.
SANTOS, M. A.; LOPES, R. C. Educação bilíngue e inclusão: perspectivas e desafios no contexto brasileiro. Revista Educação e Linguagem, v. 27, n. 2, p. 1-15, 2022.
TERNOSKI, SIMÃO A pesquisa quantitativa e qualitativa nas ciências sociais aplicadas / Simão Ternoski, Zoraide da Fonseca Costa, Rozeli Aparecida Menon. – Ponta Grossa - PR: Atena, 2022.
VYGOTSKY, L. S. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 1991, p. 104
BRASIL. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9394.htm. Acesso em: 31 ago. 2025.
BRASIL. Lei nº 10.436, de 24 de abril de 2002. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/L10436.htm. Acesso em: 31 ago. 2025.
BRASIL. Decreto nº 5.626, de 22 de dezembro de 2005. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Decreto/D5626.htm. Acesso em: 31 ago. 2025.
BRASIL. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP). Censo Escolar 2023. Brasília, DF: INEP, 2023.
LOPES, M. A. C. (2025). Educação de surdos e formação de professores. Revista Brasileira de Educação Especial, 31(1), 1-20. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rbee/a/tydfFtwYf6MLzjkTLZpmXrf/?format=pdf&lang=pt
MARENDAZ, S. A. Material didático como acesso: a função pedagógica dos recursos estruturados e adaptados na educação inclusiva. International Integralize Scientific, v. 5, n. 50, ago. 2025. DOI:10.63391/16FDE2.
PORTAL EDUCAÇÃO. História da educação de surdos no Brasil. 2024. Disponível em: https://www.portaleducacao.com.br. Acesso em: 31 ago. 2025.
ROCHA, L. R. M. D. A.; SILVA, M. R. (2023). A educação das pessoas surdas no Brasil: uma análise ao longo de duas décadas. Revista Brasileira de Educação Especial, 29(1), 5-15. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rbee/a/Qqr4YJpLGLKncgGNG4RnWNG/. Acesso em: 20 out. 2025.
SAVIANI, Dermeval. Por uma agenda curricular democrática com foco na formação crítica. Educação e Realidade, v. 46, n. 1, p. 15-30, 2021. Disponível em: https://www.scielo.br/j/er/a/ZFBCPCDqqvxWtcJ3fSNGmXg/. Acesso em: 20 out. 2025.
SKLIAR, Carlos. Invertendo epistemologicamente o problema da inclusão: os ouvintes no mundo dos surdos. Estilos da Clínica, v. 5, n. 9, p. 32-51, 2000. Disponível em: https://doi.org/10.11606/issn.1981-1624.v5i9p32-51. Acesso em: 21 out. 2025.
PORTAL DA CÂMARA DOS DEPUTADOS. Decreto nº 3.964, de 23 de março de 1901. Disponível em: https://www2.camara.leg.br/legin/fed/decret/1900-1909/decreto-3964-23-marco-1901-503192-publicacaooriginal-1-pe.html. Acesso em: 12 out. 2025.