ABORDAGEM CIRÚRGICA DE LESÕES MALIGNAS DE PELE: RELATO DE CASO COM A TÉCNICA DE FIGUEIREDO
Palavras-chave:
Neoplasias Cutâneas, Técnicas de Fechamento de Ferimentos, Oncologia CirúrgicaResumo
Introdução: O carcinoma espinocelular (CEC) é uma neoplasia cutânea de comportamento agressivo, com potencial de invasão local e risco de metástase, particularmente em áreas cronicamente expostas à radiação ultravioleta. A ressecção cirúrgica com margens livres é o tratamento padrão, mas o fechamento da ferida pode ser um desafio em regiões de importância funcional e estética, especialmente em pacientes com comorbidades que comprometem a cicatrização ou em caso de feridas amplas. A Técnica de Figueiredo, ao redistribuir a tensão e alinhar precisamente os bordos, favorece a cicatrização, reduz complicações e otimiza resultados estéticos e funcionais.
Objetivo: Relatar o caso de uma paciente idosa e diabética com carcinoma espinocelular avançado e de grandes dimensões em antebraço, descrevendo a abordagem cirúrgica e a aplicação da Técnica de Figueiredo, enfatizando desafios e resultados.
Método: Estudo retrospectivo, observacional e descritivo, na modalidade relato de caso, baseado na análise de prontuário de paciente em acompanhamento no Ambulatório de Cirurgia Oncológica de um hospital-escola filantrópico no Espírito Santo. Foram coletadas informações sobre dados clínicos, características da lesão, técnica operatória, tempo de cicatrização, complicações e desfechos. A descrição cirúrgica foi fundamentada em registros médicos e literatura sobre a Técnica de Figueiredo.
Relato de Caso: A excisão ampla com margens livres é o padrão-ouro para lesões malignas. Em pacientes com comorbidades, a cicatrização é mais complexa. A Técnica de Figueiredo reduz tensão, melhora resultados estéticos e minimiza complicações, mostrando-se eficaz em áreas expostas. Nesta paciente, a escolha da técnica favoreceu uma boa evolução, sem infecção ou deiscência, evidenciando segurança e efetividade. Ademais, seu uso em indivíduos diabéticos facilita o controle das possíveis alterações microvasculares, reduzindo riscos de necrose e promovendo reparação celular adequada em médio prazo.
Conclusão: A Técnica de Figueiredo demonstrou eficácia no fechamento de feridas oncológicas de grandes dimensões, sobretudo em pacientes com comorbidades. No caso relatado, proporcionou cicatrização adequada e ausência de complicações, reforçando suas vantagens funcionais e estéticas. Na prática, reforça a importância de um acompanhamento especializado e contínuo.