HIPERBILIRRUBINEMIA NEONATAL: ETIOPATOGÊNESE E MANEJO

Resumen

Investigar a etiopatogênese da hiperbilirrubinemia em neonatos, analisando as complicações decorrentes do alto nível de bilirrubina no organismo dos pacientes e o tratamento adequado. Revisão Bibliográfica: A Hiperbilirrubinemia neonatal pode ser benigna - que ocorre devido à imaturidade do fígado; ou patológica - relacionada a fatores maternos e perinatais, como o tempo de gravidez, presença de Diabetes Mellitus gestacional, pré-eclâmpsia, aspectos genéticos, alterações no aleitamento materno, infecções congênitas, tirosinemia e perda de peso significativa do recém-nascido é. Afeta 60 a 80% das crianças nos primeiros dias de vida, geralmente por fatores fisiológicos, mas, quando patológico, ocorre mais frequentemente nas primeiras 24 horas. A existência de um desequilíbrio, ou ineficácia, na quebra das hemácias e na metabolização de seus resíduos englobam a patogênese da condição. A gravidade das complicações inclui uma disfunção neurológica induzida pela bilirrubina, que, quando livre, tem potencial de      ultrapassar a barreira hematoencefálica e pode levar a um espectro de lesões neurotóxicas coletivamente chamadas de Disfunção Neurológica Induzida por Bilirrubina (DNIB), que são capazes de interferir no desenvolvimento neurológico e motor do neonato e levar à encefalopatia bilirrubínica (EB). A partir do quadro mais grave, há a possibilidade de desenvolvimento de alterações auditivas, anormalidades no controle motor, deficiências oculomotoras, e displasia do esmalte dos dentes. Assim, os objetivos do tratamento são prevenir o quadro grave e os distúrbios neurológicos induzidos pela bilirrubina, utilizando-se principalmente da fototerapia, que é um tratamento eficaz que converte a bilirrubina em excesso em foto isômeros mais hidrossolúveis, facilitando sua excreção pelo fígado e rins do recém-nascido. Considerações Finais: A prevenção e o diagnóstico precoce de casos de icterícia neonatal são de extrema relevância para evitar complicações graves e intervenções clínicas desnecessárias. Dessa forma deve haver um acompanhamento próximo das gestantes, bem como dos recém-nascidos em busca de otimização do prognóstico do paciente por meio da ação multidisciplinar de profissionais capacitados.