O DIABO VESTE ROSA: HOMOEROTISMO E DESORDEM NO CONTO OS BOFES DE IVAN PANCHINIAK

Autores

  • Luciano Ferreira da Silva Autor

DOI:

https://doi.org/10.56238/edimpacto2025.064-026

Palavras-chave:

Homoerotismo, Ironia, Crítica social, Conservadorismo, Estereótipos

Resumo

O conto “Os Bofes”, de Ivan Pancheniak, se passa no inferno, governado por um Satã estereotipado e conservador. A narrativa é conduzida por um narrador onisciente e irônico, que expõe uma crise no reino infernal causada por um grupo dissidente de diabos. Liderado por Luly, um diabo com traços homoeróticos, o grupo busca modernizar o inferno, propondo mudanças estéticas e ideológicas. O nome "bofes", adotado por esse grupo, carrega uma forte carga simbólica ligada à identidade homoerótica. Como resultado dessa pesquisa percebemos que a tentativa de revolução, no entanto, esbarra em vaidades, estereótipos e conservadorismo. A crítica se volta à superficialidade dos debates e à resistência às mudanças estruturais. O inferno, símbolo da ordem estabelecida, resiste à transformação. O conto utiliza humor, ironia e crítica social para discutir identidade, sexualidade e poder. No final, a revolução é suspensa, e Luly, mesmo com ideias progressistas, é marginalizado.

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Publicado

2025-09-10