POLUIÇÃO DO AR E SAÚDE RESPIRATÓRIA INFANTIL: EVIDÊNCIAS DE UM ESTUDO LONGITUDINAL EM UM AMBIENTE URBANO COSTEIRO
DOI:
https://doi.org/10.56238/arev7n10-093Palavras-chave:
Poluição do Ar, Doenças Respiratórias, Saúde Infantil, SantosResumo
A poluição do ar é um dos maiores desafios ambientais contemporâneos, com impactos diretos na morbidade e mortalidade infantil. As crianças estão entre os grupos mais vulneráveis devido aos seus sistemas imunológicos imaturos e maiores taxas ventilatórias em relação ao peso corporal. Este estudo avaliou a associação entre exposição a poluentes atmosféricos e função respiratória em crianças de 0 a 12 anos residentes em Santos, São Paulo. Utilizando dados secundários do DATASUS e da CETESB (2018–2022), observamos que as concentrações médias anuais de PM₂.₅ (18,7 µg/m³) e NO₂ (32,4 µg/m³) frequentemente excederam as recomendações da OMS. As hospitalizações pediátricas por asma, pneumonia e bronquiolite atingiram 235 por 100.000 crianças, com picos de inverno coincidindo com elevações de poluentes. A análise estatística confirmou correlações significativas entre exposição a poluentes e internações hospitalares (Spearman ρ = 0,62, p < 0,01). Este estudo observacional longitudinal apresenta resultados consolidados que fortalecem as evidências que relacionam a exposição ambiental e os resultados respiratórios pediátricos.
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