O USO DO PROPOFOL PARA SEDAÇÃO PROFUNDA NA HIPERTENSÃO INTRACRANIANA

Autores

  • Leandro Guimarães Borges Autor
  • Anyelle Araújo Cardoso Bento Autor
  • Camille Pettene Dantas Autor
  • Lucas Alves Pedrada Autor
  • Karla Giovanna Santos Castro Autor
  • Inês Marabuco Lopes Autor
  • Arthur Cortez Leite Autor
  • Amanda Sávio Correia Araújo Autor
  • Estevão Cardoso Nascimento Autor
  • Luiz Fernando Ferreira Rizzo Autor
  • Raquel Cristina de Lima Leite e Silva Autor

Palavras-chave:

Propofol, Intracranial Hypertension, Deep Sedation

Resumo

Introdução: Atualmente a sedação profunda possui indicações estritas, dentre elas está a hipertensão intracraniana. Nesse contexto, busca-se um equilíbrio entre impacto positivo na sedação apropriada e no conforto do paciente, a fim de evitar prolongamento de internação, dor, delirium e imobilização prolongada. Objetivo: Este trabalho visa delinear as vantagens do uso do propofol para sedação profunda na hipertensão intracraniana. Material e Método: Trata-se de uma revisão de literatura, em que foram selecionadas artigos científicos nas bases de dado PUBMED com os descritores: Propofol; Intracranial Hypertension; Deep Sedation.  Os critérios de inclusão foram texto grátis completo, revisão sistemática e metanálise publicados entre 2016 e 2024, após análise de títulos e resumos foram efetivamente selecionados 6 artigos por compreenderem o tema proposto. Resultados: A sedação profunda visa minimizar o consumo de oxigênio cerebral, além de prevenir danos psicológicos e físicos e evitar dor e agitação, fortemente associadas à piora neurocrítica e remoção acidental de dispositivos como tubos orotaqueais e cateter. Foi notado que o propofol em relação ao midazolam, provoca menor tempo para despertar na interrupção diária de sedação, sendo vantajoso nos protocolos de desmame de sedação e despertar precoce. O propofol e barbitúricos são recomendados para controlar a hipertensão intracraniana, posto que aumentam a pressão de perfusão cerebral e consequente o fluxo sanguíneo cerebral, além de reduzir a taxa metabólica cerebral de oxigênio, melhorando assim a hipertensão intracraniana. No entanto, é preciso monitorar continuamente a profundidade da sedação e no caso do propofol, os níveis séricos de eletrólitos e triglicerídeos, devido a rara complicação de síndrome de infusão do propofol, ocorrida quando a dose excede 4 mg/kg/h por mais de 48 horas. Atuais diretrizes sobre dor, agitação/sedação, delírio, imobilidade e interrupção do sono já recomendam o uso de propofol ou dexmedetomidina, em vez de benzodiazepínicos na sedação leve. Conclusão: Destarte, a sedação profunda com propofol tem impactos positivos na hipertensão intracraniana e no conforto do paciente, desde que haja uma monitorização contínua de profundidade da sedação e efeitos adversos.

Downloads

Publicado

2024-07-24