TERAPIAS INOVADORAS PARA ZUMBIDO: UMA REVISÃO
Palavras-chave:
Tinnitus, Otolaryngology, Sensation disordersResumo
Introdução O zumbido é a percepção de som sem fonte externa, descrito como um apito, chiado ou assobio. É um distúrbio sensorial que afeta milhões de pessoas em todo o mundo e causa prejuízos à qualidade de vida, embora prevalente seu tratamento eficaz é um desafio na prática clínica. Objetivo: Este trabalho visa esboçar as terapias utilizadas no controle do zumbido com impacto na qualidade de vida. Metodologia: Trata-se de uma revisão de literatura, em que foram selecionadas artigos científicos nas bases de dado PUBMED com os descritores: Tinnitus; Otolaryngology; Sensation disorders. Os critérios de inclusão foram texto grátis completo, revisão sistemática e metanálise publicados entre 2020 e 2024, após análise de títulos e resumos foram efetivamente selecionados 23 artigos por compreenderem o tema proposto. Resultados: Nas terapias farmacológicas, foi encontrado principalmente o uso de antidepressivos, como a amitriptilina, mas alguns estudos mostrando uma redução na intensidade do zumbido, enquanto outros não demonstraram benefícios significativos, já os benzodiazepínicos, como o clonazepam, mostraram eficácia em alguns casos, porém o uso prolongado possui potencial de dependência e risco de queda em idosos. A gabapentina e a pregabalina ofereceram alívio para alguns pacientes, mas com evidência inconclusiva. Paralelamente, alternativas não farmacológicas têm sido estudadas, a exemplo da Estimulação Magnética Transcraniana repetitiva, que quando aplicada ao córtex auditivo, pode reduzir a percepção do zumbido, a Estimulação Elétrica Transcutânea aplicada à área cervical, mostrou-se benéfica para alguns indivíduos com zumbido, embora com fraca evidência. Uma das abordagens mais eficazes descrita, tem sido a Terapia Cognitivo-Comportamental por ajudar os pacientes a desenvolver estratégias para lidar com o zumbido, reduzindo o impacto emocional e psicológico, além da Terapia de Retreinamento do Zumbido que educa os pacientes sobre o zumbido, suas causas, e a natureza benigna para reduzir o medo e a ansiedade associados ao zumbido, promovendo uma atitude mais positiva e menos focada na percepção do som, combinado a este aconselhamento utiliza-se sons ambientais ou aparelhos auditivos para reduzir o contraste entre o zumbido e o ambiente silencioso, além de dessensibilizar a audição ao zumbido. Conclusão: Depreende-se que embora não exista uma cura para o zumbido, várias terapias inovadoras mostram-se promissoras, desse modo estudos mais estudos robustos são precisos para validar a eficácia dessas terapias e explorar novas abordagens.