ESTRATÉGIAS DE MANEJO DA DOR PÓS-CIRÚRGICA: UMA REVISÃO

Resumo

Introdução: A dor pós-cirúrgica é um desafio significativo para a recuperação do paciente e pode impactar a qualidade de vida, prolongar a hospitalização e aumentar o risco de complicações. Objetivo: Este trabalho visa revisar as técnicas disponíveis para controle da dor pós cirúrgica. Metodologia: Metodologia: Trata-se de uma revisão de literatura, em que foram selecionadas artigos científicos nas bases de dado PUBMED com os descritores: Pain, postoperative; Analgesia; Anesthetics; Analgesics, non-narcotic; Analgesics, opioid. Os critérios de inclusão foram texto grátis completo, revisão sistemática e metanálise publicados entre 2019 e 2024, após análise de títulos e resumos foram efetivamente selecionados 16 artigos por compreenderem o tema proposto. Resultados: A analgesia multimodal, que combina diferentes classes de medicamentos, tem sido amplamente recomendada. A combinação de opioides com analgésicos não opioides (Anti-inflamatório não esteroidais) e adjuvantes, como anticonvulsivantes e antidepressivos melhora o controle da dor e reduz a necessidade de opioides e seus efeitos colaterais associados. O uso de opioides tende cada vez mais a ser restrito, apenas a quadros refratários, considerando a escolha daqueles com ação curta e associado a outras classes. O uso de anestésicos locais e a administração de infusões contínuas através de bombas de analgesia local têm sido associadas a um controle mais eficaz da dor pós-operatória. As Terapias Cognitivo-Comportamentais também foram descritas no controle da a dor, pois abordam fatores emocionais e comportamentais, promovendo melhora da a percepção da dor e adesão terapêutica. Foram descritas também, as práticas de mindfulness e técnicas de relaxamento, como a meditação e a respiração profunda que podem complementar o tratamento farmacológico, reduzindo a ansiedade e melhorando o bem-estar geral dos pacientes. Quanto às técnicas cirúrgicas, os bloqueios nervosos epidurais e periféricos proporcionam alívio significativo da dor e reduzem o uso de opioides, embora sua eficácia tenha sido variável a depender da técnica utilizada e tipo de cirurgia. Conclusão: Em suma, abordagens integradas e personalizadas que combinem farmacoterapia, intervenções não farmacológicas e suporte psicológico têm mostrado melhores resultados e novos estudos devem ser aperfeiçoar o controle da dor na recuperação pós-cirúrgica.