DESFECHOS CLÍNICOS DA CRANIECTOMIA DESCOMPRESSIVA NO TRAUMATISMO CRANIANO
Palabras clave:
Decompressive Craniectomy, Neurology, Critical CareResumen
Introdução: Pacientes com traumatismo craniano (TCE) tendem a cursar com hemorragia intracraniana, edema e hidrocefalia que culmina em hipertensão intracraniana, herniação cerebral e síndrome compartimental prejudicando a perfusão cerebral e gerando isquemia que pode resultar em incapacidade ou morte. A craniectomia descompressiva remove um retalho osseo visano evitar a hipertensão intracraniana. Objetivo: Este trabalho visa delinear resultados clínicos da craniectomia terapêutica no TCE. Material e Método: Trata-se de uma revisão de literatura, em que foram selecionadas artigos científicos nas bases de dado PUBMED com os descritores Decompressive Craniectomy; Neurology; Critical Care. Os critérios de inclusão foram texto grátis completo, revisão sistemática e metanálise publicados entre 2020 e 2024, após análise de títulos e resumos foram efetivamente selecionados 10 artigos por compreenderem o tema proposto. Resultados: A craniectomia descompressiva após 6 meses em pacientes com TCE e hipertensão intracraniana refratária resultou em menor mortalidade e maiores taxas de estado vegetativo, menor incapacidade grave e incapacidade grave superior do que os cuidados médicos. Após seis meses, o desfecho encontrado foi de óbito em 26,9% entre 201 pacientes do grupo cirúrgico versus 48,9% entre 188 pacientes do grupo sem craniectomia; estado vegetativo, 8,5% versus 2,1%; incapacidade grave inferior (dependente de terceiros para cuidados), 21,9% versus 14,4%; incapacidade grave superior (independente em casa), 15,4% versus 8,0%; incapacidade moderada, 23,4% versus 19,7%; e boa recuperação, 4,0% versus 6,9%. CONCLUSÃO: Compreende-se que não está claro se a craniectomia descompressiva melhora o resultado funcional em pacientes com lesão cerebral traumática grave e pressão intracraniana elevada refratária.