INFLUÊNCIA DAS ALTERAÇÕES NO RITMO CIRCADIANO NO DESENVOLVIMENTO DE PSICOSE PUERPERAL

Autores/as

  • Narjara Samya Rodrigues Pereira Autor/a
  • Brenda Santana Araujo Giácomo Autor/a
  • Laize Dos Santos Ribeiro Autor/a
  • Davi Bayma Reis Autor/a
  • Izadora Carneiro Vieira Autor/a
  • Rogério Lopes de Moura Fé Filho Autor/a
  • Leonardo D’Avila Lins Neto Autor/a
  • Gabriela Nogueira Motta Autor/a
  • Luana Caroline Oliveira Marinho Autor/a
  • Cecília Vizeu da Silva Autor/a
  • Gustavo Araujo de Carvalho Autor/a
  • Lucas Queixa Nogueira Autor/a
  • Thiara Araújo Fernandes Ribeiro Autor/a

Palabras clave:

Privação de sono, Psicose puerperal

Resumen

OBJETIVOS: Investigar a privação de sono como fator de risco para o desenvolvimento de psicose puerperal. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão sistemática, que utilizou as plataformas PubMed, Scientific Eletronic Library On-line (SciELO) e Google Acadêmico como base de dados para pesquisa dos artigos científicos. Foram analisados artigos publicados entre 2016-2021, nas línguas portuguesa e inglesa, que apresentavam os seguintes descritores: Psicose pós-parto, Fatores de risco, Transtornos mentais e Privação de sono. RESULTADOS: De acordo com os artigos analisados, a psicose pós-parto se caracteriza por quadros de euforia, irritação, agitação, insônia, sintomas depressivos intensos, delírios e, em cerca de 0,2% dos casos, alucinações, sendo considerado o transtorno mental mais grave que pode ocorrer durante o período de puerpério, possuindo prevalência de 1-2 a cada 1.000 partos. Dentre os fatores de risco, pode-se citar como mais prevalentes as alterações hormonais e a presença de transtornos psiquiátricos prévios, como transtorno bipolar e esquizofrenia. As constantes mudanças no ritmo circadiano decorrentes da privação de sono materna ao final da gravidez, no parto e no período imediatamente pós-parto podem desencadear tanto episódios particulares de mania, quanto tornarem-nas mais suscetíveis a humor negativo nos primeiros dias pós-parto; além disso, a queda significativa de estrogênio pós-parto reduz os níveis neuronais de dopamina e serotonina, provocando quadros depressivos intensos. CONCLUSÃO: Dessa forma, pode-se evidenciar que a privação de sono influencia diretamente no desenvolvimento da psicose puerperal devido às alterações de neurotransmissores provocadas pelo distúrbio no ritmo sono-vigília, especialmente se a mulher possuir alguma outra comorbidade psiquiátrica relacionada ao humor, sendo essencial um acompanhamento obstétrico regular e de qualidade, que oriente quanto aos riscos e cuidados durante o período de gravidez e puerpério.

Publicado

2024-09-04