HIDRATAÇÃO DE PACIENTES COM PANCREATITE AGUDA

Resumen

Introdução: A pancreatite aguda é uma doença inflamatória do pâncreas associada a altos índices de morbidade. É uma das principais causas de abdome agudo, sendo responsável por 20 casos a cada 100.000 brasileiros. A patologia não é autolimitada e requer internação hospitalar necessitando de rápido e manejo clínico. Assim, a hidratação vigorosa do paciente garante maior chance de sucesso do tratamento. Destarte, é imprescindível o manejo correto da pancreatite aguda devido a sua prevalência. Objetivos: O objetivo desta revisão é entender a importância da hidratação do paciente com pancreatite aguda. Metodologia: Trata-se de uma revisão de literatura, cujas bases foram retiradas da plataforma de dados PubMed. Foram selecionados 5 artigos dentro do período de 2018 a 2023, na língua inglesa. Foram utilizados os seguintes descritores em saúde (DeCS): "Pancretatite", "Hidratação " e "Internação". Revisão de Literatura: A pancreatite aguda é caracterizada como a inflamação do pâncreas exócrino, apresenta causas diversas sendo as mais comuns a colelitíase, alcoolismo, medicamentosa, por triglicerídeos e hipercalemia. A fisiopatologia apresenta-se por danos nas células acinares e ductais do pâncreas, interferindo com a sinalização do cálcio intracelular. As principais complicações envolvem necrose do parênquima pancreático e insuficiência pancreática. O quadro clínico mantém-se a dor epigástrica intensa em faixa com irradiação, náuseas, vômitos e sintomas sistêmicos. Assim, o diagnóstico deve seguir os seguintes critérios: apresentação da dor abdominal típica, elevação em maior que três vezes da amilase ou lipase e exames de imagens coerentes com o quadro. Dentro forma, o manejo correto é importante, o principal fator é uma hidratação vigorosa, assim recomenda-se iniciar 20ml/kg em bolus de solução de Ringer com lactato, seguido de 3 ml/kg por hora a fim de evitar necrose pancreática e falência de órgãos. A hidratação previne a hipoperfusão tecidual e corrige a perda de volume do terceiro espaço. Outras medidas de suporte como analgesia, oxigenação e  suporte nutricional são essenciais, porém a hidratação ainda destaca-se como medida obrigatória. Conclusão: Em suma, a pancreatite aguda não é autolimitada e requer atendimento hospitalar. A alta prevalência da patologia requer capacitação para manejo da doença a fim de evitar complicações irreversíveis. É necessário a hidratação vigorosa do paciente para melhor perfusão tecidual e maior taxa de sucesso no tratamento.