ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DE MORTE MATERNA ENTRE 10 A 19 ANOS POR ESTADO EM 2022 NO BRASIL

Autores/as

  • Milena Alves Santana Autor/a
  • Marília Albuquerque Barreto Autor/a
  • Hyzadora Sousa Almeida Autor/a
  • Giovanna de Almeida Pinto Autor/a
  • Fernanda de Freitas Medeiros de Souza Autor/a
  • Vivaldo Palma Lima Filho Autor/a

Palabras clave:

Morte materna, Epidemiologia, Obstetrícia

Resumen

Introdução: A morte materna é entendida como óbito feminino durante a gestação, parto ou puerpério de 42 dias que esteja relacionada a alguma causa ou agravada nesse período. Além de servir como indicador de saúde, infere-se a partir desse indicador as condições relacionadas à economia, qualidade de vida e questões sociais, por isso a redução da mortalidade materna está entre as metas da Organização das Nações Unidas (ONU), que está baseada na redução para 70 a cada 100 mil nascidos vivos. Entre as causas estão hipertensão, hemorragia e infecção, para minimizar as complicações relacionadas ao óbito, faz-se necessário a vigilância em saúde uma vez que conta como uma ferramenta de planejamento e de avaliação para promover ações voltadas a essa população e fornece informações importantes dos fatores que precisam ser analisados dentro da saúde daquele grupo, no Brasil essa vigilância é feita pelo Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN). Apesar dos esforços para reduzir a mortalidade materna e os avanços científicos, enfrentamos desafios como desigualdade de gênero, falta de profissionais, recursos limitados e barreiras geográficas. Esses obstáculos, incluindo a falta de infraestrutura adequada, dificultam a melhoria dos indicadores. A mortalidade materna é um problema complexo que exige uma abordagem abrangente. Para obter resultados promissores no futuro, é crucial que as políticas garantam o direito de todas as mulheres a uma gestação e puerpério com suporte necessário, seguro e eficaz. Objetivo: Realizar uma análise epidemiológica abrangente sobre mortalidade materna no Brasil no ano de 2022, em mulheres de 10 a 49 anos. Metodologia: O desenho de estudo adota uma abordagem quantitativa com corte transversal e retrospectivo, a partir da interpretação de dados levantados no DATASUS. Foram selecionadas pacientes gestantes que possuíam como diagnóstico com o CID-10: O97., no ano de 2022 em todo Brasil. Resultados e discussão: Ao analisar os dados coletados na plataforma DATASUS, no eixo de Painel de Monitoramento da Mortalidade Materna, é possível compreender que no ano de 2022 no Brasil, ocorreram 69.154 mortes. Dentre elas, a maior quantidade de mortes maternas ocorreu na região Sudeste com 28.440, seguido pela região Nordeste com 19.936 mortes. Dessa forma, é possível analisar dois parâmetros e dois paradigmas encontrados, o contexto da quantidade de morte materna da região Sudeste se deve a outros fatores do que encontrado na região Nordeste, visto que, ao analisar a variável se a morte foi hospitalar, o Sudeste está a frente, fator esse que indica atendimento médico, já no Nordeste apresentam maior taxa fora do contexto hospitalar. Deve-se levar em consideração a quantidade populacional da região Sudeste ser maior que da região Nordeste. Além disso, é possível compreender com a variável escolaridade que no Nordeste o óbito materno é maior do que se comparado com a região Sudeste. Considerações finais: Diante do exposto, é possível compreender que a demografia da mortalidade materna tem diversos aspectos, por se tratar de um país com proporções continentais, o Brasil necessita de medidas que abarque todos os estados com sua peculiaridade.

Publicado

2024-09-03