VOLVO EM PACIENTE DE 19 ANOS EM USO DE ANTIEPILEPTICO

Autores/as

  • Matheus Amorim Grigorio Autor/a
  • Tércio Ernandes Cruz de Melo Autor/a
  • Ahmad Ali Husni Autor/a
  • Eduarda de Oliveira Autor/a
  • Kamile Maria Saboia Moreira Autor/a
  • Ycaro Martins de Paiva Autor/a
  • Milena Freire Guinazi Autor/a
  • Gabriel Carneiro Santana da Mota Autor/a
  • Vanessa Siqueira Batista de Oliveira Autor/a
  • Bruno Schettini de Sá Autor/a

Palabras clave:

Volvo Sigmoide, Hartmann

Resumen

APRESENTAÇÃO: AFLO, 19 anos, histórico de dor abdominal há 3 dias e piora há um dia. Paciente relatou parada de eliminação de flatos e fezes e há 7 dias constipação. Referiu como sintomas associados, náuseas e êmese. Negou procedimentos abdominais prévios. Paciente apresenta quadro de epilepsia em uso de levetiracetam, lamotrigina e clobazam. Ao exame físico, o paciente apresentava abdome doloroso à palpação profunda e superficial, sem sinais de irritação peritoneal. À TC de abdome apresentou dilatação líquido-gasosa dos cólons ascendente, transverso e descendente, com calibre de até 12 cm, estendendo-se até o nível do sigmoide, 15 cm acima da borda anal, evidenciando, estreitamento com colabamento do sigmoide e reto. Foi submetido a cirurgia, com a técnica de Hartmann. Apresentou melhora clínica, seguiu com colostomia proximal e segue acompanhamento ambulatorial. DISCUSSÃO: O caso trás sobre o volvo sigmóide, condição na qual uma porção do intestino sofre uma torção sobre o seu próprio eixo mesentérico. É importante, entender que o paciente não se encaixa no perfil clínico e epidemiológico mais comum (pacientes do sexo feminino, média de 35 há 60 anos, com histórico de constipação). Assim, é importante correlacionar os efeitos colaterais dos medicamentos antiepiléticos utilizados há um longo período pelo paciente (12 anos), visto que diversos materiais relatam como imprevisíveis os efeitos. É interessante analisar essa patologia por um viés, comparando com a Síndrome de Ogilvie, que em alguns casos se apresenta por uso de medicação crônica, porém não tem alteração estrutural, sendo essa a diferença para o caso, sendo necessária uma análise dos medicamentos utilizados. Ao seguirmos para o tratamento, apesar de compreender medidas não cirúrgicas, o paciente apresentava uma gangrena importante no colo, sendo essa a contraindicação das técnicas de sigmoidoscopia ou colonoscopia com tubo flexível. Abordando a técnica de Hartmann, foi escolhida devido comprometimento da viabilidade do cólon, a qual se trata de uma lavagem da cavidade abdominal, ressecção de cólon sigmóide com realização de colostomia proximal em flanco e fechamento do coto distal. COMENTÁRIOS FINAIS: Dessa maneira, se faz necessário abordar casos como esse com cautela e buscando uma análise ampla, uma vez que foge do padrão epidemiológico, analisando a possibilidade do quadro ser advinda de uso de medicações.

Publicado

2024-09-02