MARIA ROSA LOJO: MEMÓRIA, IDENTIDADE, EXÍLIO E ARTE LITERÁRIA
DOI:
https://doi.org/10.56238/I-CIM-086Palabras clave:
Maria Rosa Lojo, Solo queda saltar, Exílio, Memória, IdentidadeResumen
A literatura latino americana contemporânea escrita por mulheres frequentemente destaca processos de mobilidade transcultural e migratória, referentes aos deslocamentos caracterizados pela desterritorialização de indivíduos e a sua posterior inserção numa nova comunidade cultural. Empenhada com a descolonização do pensamento, Maria Rosa Lojo examina as consequências das mobilidades transculturais desencadeadas pelo exílio imposto pelas guerras na Europa, as migrações para a América Latina, as ideologias sociais e suas interferências no desenvolvimento identitário das mulheres que protagonizam seus romances. Sua novela Solo queda saltar (2018) é uma narrativa em que predomina a escrita diarística realizada pelas protagonistas, Célia e Isolina, irmãs enlutadas que emigram para a Argentina, após a Guerra Civil Espanhola (1936-1939). Neste trabalho, examinamos depoimentos e entrevistas da escritora que se conectam com as temáticas que aborda na obra Solo queda saltar (2018). Para tanto, consideramos entrevistas cedidas por Lojo aos periódicos digitais Letra Urbana, La Ventana Cultural, La Capital e Caminos Culturales. Nos apoiamos nos estudos de Benjamin, (1994); Carreira, (2023); Marques (2016); Pinto (1990), Said (2003), dentre outros, que discutem temas relativos às mobilidades transculturais e à produção da literatura diaspórica.