O MANEJO DA PACIENTE COM ECLAMPSIA: UMA REVISÃO DE LITERATURA

Abstract

INTRODUÇÃO:A eclampsia é uma complicação grave da pré-eclâmpsia, caracterizada por convulsões em mulheres grávidas, sendo uma das principais causas de mortalidade materna e perinatal. Geralmente ocorre após a 20ª semana de gestação, durante o parto ou no pós-parto imediato, e está associada à hipertensão severa e disfunção de múltiplos órgãos. Dada a rapidez com que a eclampsia pode evoluir para situações de risco, o manejo adequado é essencial para garantir a segurança da mãe e do feto. OBJETIVO: Analisar as principais estratégias de manejo da eclampsia, focando na prevenção de convulsões. METODOLOGIA: Foi realizada uma revisão da literatura utilizando bases de dados como PubMed, Scielo e Google Acadêmico, buscando estudos clínicos e diretrizes recentes. Os descritores utilizados incluíram "eclampsia", "manejo", "pré-eclâmpsia", "convulsões" e "hipertensão gestacional". Foram selecionados artigos relevantes para o manejo clínico da eclampsia. DISCUSSÃO: O manejo da eclampsia exige intervenções imediatas. O sulfato de magnésio é o tratamento de escolha para prevenir e tratar convulsões, sendo superior a outros anticonvulsivantes. O controle da pressão arterial é crucial para evitar complicações como AVC, e pode ser alcançado com antihipertensivos como hidralazina, labetalol ou nifedipina. A resolução da gestação, por meio de indução do parto ou cesariana, é o único tratamento definitivo para a eclampsia. A decisão deve ser baseada na condição clínica da mãe e na maturidade fetal, equilibrando os riscos para ambos. Monitoramento contínuo das funções renal, hepática e neurológica é essencial, visto que complicações graves, como síndrome HELLP e insuficiência renal, podem ocorrer. CONCLUSÃO: O manejo eficaz da eclampsia requer uma abordagem multidisciplinar, com foco na estabilização da paciente, prevenção de convulsões e controle da pressão arterial. Intervenções como o uso de sulfato de magnésio e a resolução oportuna da gestação são cruciais para melhorar os desfechos maternos e fetais, sublinhando a importância de protocolos bem definidos.