O IMPACTO DA DOR MUSCULOESQUELÉTICA NA QUALIDADE DE VIDA

Abstract

Introdução: A dor musculoesquelética é causa por diversos fatores, entre eles biomecânicos, inflamatórios, degenerativos, traumáticos e psicossociais. Ao longo da última década, tem sido estudado seu impacto na qualidade de vida, posto que trata-se de uma das principais causas de incapacidade na população economicamente ativa. Objetivo: Este trabalho visa delinear os principais impactos da dor musculoesquelética na qualidade de vida. Metodologia: Trata-se de uma revisão de literatura, em que foram selecionadas artigos científicos nas bases de dado PUBMED com os descritores: Musculoskeletal pain; Quality of life; Chronic pain. Os critérios de inclusão foram texto grátis completo, revisão sistemática e metanálise publicados entre 2020 e 2024, após análise de títulos e resumos foram efetivamente selecionados 12 artigos por compreenderem o tema proposto. Resultados: A mobilidade reduzida e a dificuldade em realizar atividades diárias causam maior dependência e necessidade de assistência nas atividades cotidianas, o que acarreta em prejuízo na autoestima. Por outro lado, a dor crônica musculoesquelética também está fortemente ligada a condições psicológicas como ansiedade e depressão. Foi encontrado ainda, uma alta prevalência de distúrbios do sono nesses pacientes, o que agrava a fadiga e contribui para o ciclo vicioso de dor e sofrimento emocional. Nesse contexto, o paciente sofre com a diminuição na participação social, aumento do isolamento e dificuldades para manter ou conseguir um emprego. Além disso, a produtividade no trabalho geralmente é comprometida, resultando em impactos econômicos ao empregador e ao trabalhador. As abordagens multidisciplinares foram descritas como essenciais para mitigar os efeitos da dor musculoesquelética, desse modo intervenções que combinam fisioterapia, terapia ocupacional, manejo do dor e suporte psicológico demonstraram melhoria do quadro. Contudo, o acesso ao tratamento multiprofissional é um desafio e a personalização do cuidado com foco nas necessidades individuais é importante para uma melhora satisfatória. Conclusão: Depreende-se que a dor musculoesquelética afeta a qualidade de vida e saúde mental e que as abordagens de tratamento integradas e centradas no paciente são fundamentais para melhorar a qualidade de vida e os resultados clínicos desses indivíduos. Por fim, são necessários mais estudos robustos em prol da melhoria na qualidade de vida dos pacientes afetados.